
O
jornal O Globo obteve um aúdio veiculado pelo WhatsApp, em junho
deste ano, onde o ex-assessor Fabrício Queiroz orienta como realizar indicações
políticas em gabinetes de parlamentares. Oito meses atrás, o ex-policial foi
exonerado do gabinete de Flávio Bolsonaro.
Na
conversa, Queiroz debate com um interlocutor sobre cargos que poderiam ser
utilizados por aliados no Congresso. Ele sugere que as indicações poderiam ser
feitas através de comissões ou gabinetes de outros deputados e senadores que
não estavam vinculados à família Bolsonaro.
"Tem
mais de 500 cargos, cara, lá na Câmara e no Senado. Pode indicar para qualquer
comissão ou, alguma coisa, sem vincular a eles (família Bolsonaro) em
nada (...) 20 continho aí para gente caía bem", afirma Queiroz.
"O
gabinete do Flávio faz fila de deputados e senadores, pessoal para conversar
com ele, faz fila. Só chegar lá e nomeia fulano aí para trabalhar contigo aí,
salariozinho bom desse aí para a gente que é pai de família, cai como uma
uva", complementa o ex-assessor.
O
ex-assessor é investigado pelo Ministério Público do Rio por suposta prática de
rachadinha, quando servidores que ocupam cargos comissionados repassam parte
dos salários. Queiroz atuou no gabinete de Flávio Bolsonaro, na Assembleia
Legislativa do Rio, durante 11 anos e conseguiu cargos para sete
parentes.
Queiroz
admitiu, através de nota, que mantém a influência no gabinete por ter
contribuído de maneira significativa na campanha política no Estado do Rio de
Janeiro. Flávio Bolsonaro afirmou, por nota, que não aceitou indicações do
ex-assessor e não mantém contato com Queiroz desde o ano passado. As respostas
foram dadas ao jornal O Globo.
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