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O
Ministério Público de Minas Gerais apresentou denúncia contra o ministro do
Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, por utilizar candidaturas de fachada para
acessar recursos do fundo eleitoral nas eleições do ano passado. O ministro
era, à época, presidente do PSL mineiro.
Além
de Marcelo Álvaro Antônio, a promotoria encaminhou denúncia contra outras dez
pessoas, entre elas Haissander de Paula, ex-assessor do ministro, Mateus Von
Rondon, assessor especial preso em junho deste ano, e Roberto Silva Soares,
assessor do ministro. O trio atuava como intermediários do esquema, fazendo a ligação
entre o partido e as gráficas e o direcionamento dos pagamentos.
O
deputado estadual Professor Irineu (PSL), eleito no ano passado, também foi
denunciado como beneficiário do esquema ao lado do próprio Marcelo Álvaro
Antônio.
"Dentre
os beneficiados, encontram-se o Professor Irineu e Marcelo Henrique (o
ministro). Segundo a prova dos autos, foram os que mais receberam recursos do
fundo partidário, e que tinham maior volume de material produzido nas
gráficas", disse o promotor de Justiça Fernando Abreu.
Mais
cedo, a Polícia Federal indiciou Marcelo Álvaro Antônio no inquérito da
Operação Sufrágio Ostentação e imputou ao ministro os crimes de falsidade
ideológica, associação criminosa e apropriação indébita.
O
ministro é acusado, e agora denunciado, de articular um esquema de candidaturas
femininas. Por lei, cada partido deve garantir o mínimo de 30% de candidatas do
sexo feminino.
O
esquema do PSL, segundo a PF, se baseava em apresentar candidatas sem ter a
intenção delas serem eleitas apenas para acessar recursos exclusivos do fundo
eleitoral. Segundo Abreu, como presidente do partido, Marcelo Álvaro Antônio
teria conhecimento da estrutura criminosa.
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