
O
vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) disse na noite desta terça-feira, 29, que
foi seu pai, Jair Bolsonaro, quem postou nas redes sociais o vídeo no qual o
presidente é comparado a um leão atacado por hienas – sendo uma delas o Supremo
Tribunal Federal (STF). Ele também negou qualquer envolvimento no caso
Marielle, chamando de “canalhas” os que associam seu nome ao caso revelado
nesta terça pelo Jornal Nacional, que mostra que um dos investigados pela morte
da vereadora anunciou na portaria do condomínio onde vive a família Bolsonaro
que visitaria Jair, mas depois seguiu à residência de Ronnie Lessa, autor dos
disparos.
Jair
Bolsonaro nega ter atendido o interfone quando chamado pelo porteiro por estar
em Brasília no dia. Carlos usou o Twitter para também esclarecer que estava na
capital federal e não no Rio de Janeiro quando o condomínio foi visitado.
“Percebendo
que a narrativa já nasceu morta, pois o então Dep. Bolsonaro não poderia
atender o interfone de sua casa no Rio estando comprovadamente em Brasília,
CANALHAS agora tentam me envolver. Segue DCM COM MINHA PRESENÇA, votações e
horário de término da sessão do dia 14/03/18”, escreveu Carlos. A grafia
original do texto tuitado foi mantida.
Mais
cedo, Carlos utilizou a mesma rede para comentar a polêmica do vídeo postado na
conta do Twitter do pai, a qual sabidamente é atualizada pelo vereador em
algumas ocasiões.
Witzel
diz que não vazou nem compactua: o governador do Rio de Janeiro, Wilson
Witzel (PSC), negou, na madrugada desta quarta-feira 30, que tenha interferido
nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) ou
vazado detalhes do inquérito à imprensa, como acusou Jair Bolsonaro em live no
Facebook. A coluna Radar antecipou que Witzel soube com antecedência de menção
do nome de Jair Bolsonaro no inquérito sobre a morte de Marielle.
Em
comunicado publicado no Twitter, em resposta a Bolsonaro, Witzel afirmou que em
seu governo, “as instituições funcionam plenamente e o respeito à lei rege
todas as nossas ações”. Witzel disse que a manifestação de Bolsonaro, mais cedo
foi “intempestiva”.
No
vídeo, o presidente acusa o governador do Rio de querer “destruir” a sua
família para “chegar à Presidência da República”. “Por que essa sede pelo
poder, senhor governador Witzel?”, questionou Bolsonaro.
Segundo
o presidente, Witzel estaria por trás do vazamento do inquérito ao Jornal
Nacional, da TV Globo. Em reportagem veiculada na terça-feira, o JN afirmou que
um suspeito da morte da vereadora visitou o condomínio onde ele mora no Rio no
dia do crime. “Defenderei equilíbrio e bom senso nas relações pessoais e
institucionais”, declarou o governador.
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