
No
dia seguinte à retomada das atividades como prefeito do Cabo de Santo
Agostinho, após decisão favorável emitida Superior Tribunal Federal (STF), Lula
Cabral (PSB) exonerou todos os funcionários que exerciam cargo comissionado na
prefeitura do município.
A
decisão da exoneração dos cerca de 600 funcionários, entre assessores, chefe de
gabinete, auxiliares, coordenadores, diretores e gerentes foi publicada no
Diário Oficial dos Municípios de ontem. Na última terça-feira, Lula foi
recepcionado por muitos funcionários do Executivo municipal e teve seu nome
gritado ao chegar à sede da Prefeitura do Cabo.
O
retorno do socialista ao posto, ocorreu após decisão liminar do presidente do
STF, Dias Tofolli, que respondeu ao pedido efetuado pela defesa de Cabral no
início de outubro. O prefeito responde em liberdade a um processo no qual é
acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Entre
outubro de 2018 e janeiro de 2019, ele esteve preso no Cotel, em Abreu e Lima,
por conta de uma suspeita de participação em esquema de corrupção que
transferiu de forma irregular R$ 92,5 milhões da Previdência Social do
município, o CaboPrev. O Ministério Público Federal (MPF) considerou que o
montante, antes investido em instituições sólidas, foi transferido para ativos
de risco, colocando em risco o pagamento das aposentadorias dos servidores
aposentados do Cabo de Santo Agostinho. O caso foi deflagrado pela Operação
Abismo, investigada pela Polícia Federal.
Ao
ser afastado do cargo, Lula Cabral deixou o posto de prefeito para o seu vice,
Keko do Armazém (PDT). Ao longo do período em que Keko esteve à frente do
município, a Câmara de Vereadores do Cabo rejeitou por quatro vezes - a última
delas em agosto - que fosse instaurado um processo de cassação do mandato de
Lula Cabral.
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