terça-feira, 29 de outubro de 2019

Arcoverde: insegurança e ameaças levam Câmara a suspender sessões


         Em ofício (nº 071/2019) ao Ministério Público de Pernambuco na manhã desta terça-feira (29), a presidente da Câmara de Vereadores de Arcoverde, vereadora Célia Galindo (PSB), comunicou a Coordenadora do MPPE em Arcoverde, Dra. Milena de Oliveira Santos, a suspensão das sessões da Casa James Pacheco, prevista para hoje à noite. O principal motivo foram postagens feitas em grupos de whatsApp que visavam provocar tumultos durante as sessões, como ocorridas anteriormente.

Em uma delas, se convoca a população a dar um “grito de revolta” durante a sessão que estava prevista para hoje, às 19h.

Entre as ameaças, inclusive haveria um áudio que ameaçava até colocar fogo na câmara e em residências de autoridades, que terminou gerando o registro de ocorrência na DP Municipal, segundo informam parlamentares. De acordo com o ofício, a suspensão se baseia no Art. 190 do Regimento Interno da Casa Legislativa, que prevê em seu parágrafo primeiro que as sessões poderão ser suspensas “por conveniência da manutenção da ordem”.

No documento, a presidência ressalta que “este Parlamento em nenhum momento, até então, tolheu o direito de manifestações do povo arcoverdense, nem tão pouco manifestou-se contra os atos praticados até então. Todavia, em todas as ocorrências, acima aludidas (Referindo-se as manifestações que obrigaram a Polícia Militar a dar proteção aos vereadores durante e na saída das sessões) pudemos realizar os trabalhos em sua normalidade, necessitando, por vezes, solicitar contingente da Polícia Militar”.

As novas manifestações que estão sendo convocadas nas redes sociais se baseiam na decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco que ontem derrubou a liminar e manteve a ida do delegado Israel Rubis para a regional de Vitória de Santo Antão. A manutenção do delegado no município foi alvo de ação proposta exatamente pelo 2ª Promotoria de Justiça.

O ofício finaliza dizendo que os fatos “torna a situação insustentável, que tem beirado a barbárie, o que nos faz temer pela segurança dos servidores, edis e cidadãos que se fazem presentes às sessões, tem-se por bom senso a suspensão da realização das sessões legislativas, a fim de que se evite alguma fatalidade que por ventura venha a ocorrer”.

Ontem, em uma live, horas depois da Folha noticiar a decisão da justiça, numa fala de pouco mais de 40 minutos, o delegado Israel Rubis disse que respeita a legislação (decisão da justiça) e não adiantava culpar A ou B. Falou que “nas entrevistas a jornais e sites” disse que procurava ficar focado no trabalho e como servidor cumpre a determinação dos superiores hierárquicos. 

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