
O
Banco Central anunciou nesta quarta-feira (18) um novo corte na taxa básica de
juros. Em decisão unânime do Copom (Comitê de Política Monetária), a Selic caiu
de 6% para 5,50% ao ano.
Esse
é o menor patamar desde que a taxa passou a ser utilizada como instrumento de
política monetária, em 1999. Foi
também o segundo corte anunciado na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Em
julho, o Copom cortou a taxa de 6,50% para 6% ao ano, logo após a aprovação da
reforma da Previdência na Câmara, e afirmou que faria novas reduções.
O
novo corte de 0,5 ponto percentual já era esperado pelo mercado, de acordo com
a pesquisa Focus do BC.
A
expectativa dos analistas é de outra redução dos juros, para 5% ao ano, na
reunião do Copom marcada para os dias 29 e 30 de outubro. Algumas instituições
projetam que a Selic possa chegar a 4,50% no último encontro do comitê neste
ano, em 10 e 11 de dezembro.
A
taxa básica serve de referência para as operações com títulos públicos e para o
mercado interbancário. Nos empréstimos bancários para pessoas físicas e
empresas, as taxas médias estão em 44% e 19% ao ano, respectivamente, de acordo
com o Indicador de Custo do Crédito do BC para o mês de julho.
A
Selic chegou a 7,25% em 2012, no governo Dilma Rousseff, mas voltou a subir
durante a gestão da petista. No governo Michel Temer, os juros atingiram a
mínima de 6,50% ano.
A
nova rodada de cortes da taxa básica se dá em um contexto de fraco de
crescimento da economia, inflação abaixo da meta, desemprego elevado e queda de
juros em países desenvolvidos e emergentes.
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