Ao
divulgar pelo Twitter ações de combate a focos de incêndio na região da
Amazônia, o ministério da Defesa misturou uma foto antiga com imagens novas
feitas neste sábado (24). As mensagens foram compartilhadas pelo presidente
Jair Bolsonaro (PSL). Na primeira postagem, feita por volta das 16h, o
ministério publicou uma foto de uma aeronave soltando água em cima de uma
região com fogo, o que dava a entender ser relacionada com a ação atual.
"Nosso
papel é atuar em prol da nação. Mais de 43 mil militares das Forças Armadas
reforçam ações de combate a incêndios na #Amazônia", escreveu a Defesa no
post. A mesma imagem, no entanto, aparece também vinculada a uma notícia de
novembro de 2015, sobre o trabalho realizado para conter chamas na Chapada
Diamantina (BA).
Por
volta de 17h, Bolsonaro pegou a mesma foto com parte do texto e compartilhou em
sua conta no Twitter. Mais tarde, por volta das 18h, o ministério usou de novo
a rede social para divulgação das ações na região da Amazônia, dessa vez com
imagens feitas na tarde deste sábado.
A
assessoria de imprensa do ministério confirmou que a primeira foto postada era
antiga e disse que foi usada de forma "meramente ilustrativa", para
tratar sobre uma atividade que ainda iria ocorrer. A imagem faz parte de um
banco de dados da FAB (Força Aérea Brasileira).
Na
última quinta (22), o presidente da França, Emmanuel Macron, usou uma foto
antiga para falar sobre a disparada no número de queimadas na Amazônia. A
imagem foi feita pelo fotojornalista da National Geographic Loren McIntyre, que
morreu em 2003, nos EUA. McIntyre era um explorador, que inclusive dá nome a
uma das nascentes do Rio Amazonas, a Lagoa McIntyre, no Peru.
Bolsonaro
assinou na tarde da sexta-feira (23) um decreto de GLO (Garantia da Lei e da
Ordem) que autoriza o emprego das Forças Armadas na Amazônia. De acordo com o
documento, militares poderão atuar em "áreas de fronteira, terras
indígenas, unidades de conservação ambiental e em outras áreas da Amazônia
Legal".
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