sexta-feira, 26 de julho de 2019

PT pede prisão de Moro e OAB diz que ele agiu como chefe de quadrilha


    O PT apresentou uma comunicação de crime contra o ministro da Justiça, Sérgio Moro, nesta sexta-feira (26). No documento, enviado à Procuradoria Geral da República (PGR), a legenda alega que Moro cometeu crime ao acessar inquérito que corre sob sigilo na Polícia Federal.

Na peça, assinada pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann e pelo deputado Paulo Pimenta, o partido destaca que Moro informou alvos de hackeamento que eles tiveram os celulares invadidos, o que indica que ele teve acesso a investigação, mesmo sem ser parte no caso.

"Inicialmente, cumpre destacar o espantoso fato de o Ministro da Justiça ter acesso a dados de uma investigação sigilosa recém-instaurada pela Polícia Federal", destaca um trecho do documento.

Os autores alegam ainda que Moro afirmou ao presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Otávio Noronha, que destruiria diálogos apreendidos com hackers. O PT pede, no documento enviado à PGR, a prisão de Sérgio Moro e o afastamento do cargo público.

Em entrevista ao Correio, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou que apenas a Justiça poderia autorizar a inutilização de qualquer prova apreendida na operação policial. A PF informou que o material apreendido será preservado. 

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, declarou que Sérgio Moro, ministro da Justiça, 'usa o cargo, aniquila a independência da Polícia Federal e ainda banca o chefe de quadrilha ao dizer que sabe das conversas de autoridades que não são investigadas'. 

O posicionamento ocorreu após reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelando que Moro conversou com as autoridades que foram alvos dos hackers presos na quarta-feira. O presidente Bolsonaro, o presidente do STF, Dias Toffoli, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, dialogaram com o ministro.

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