Mais
de 50 mil medicamentos e insumos hospitalares vencidos e impróprios para o uso
foram encontrados pela administração interina da Prefeitura de Camaragibe, na
Região Metropolitana do Recife (RMR). Avaliados em mais de R$ 1 milhão, os
produtos foram localizados em dezenas de caixas na Central de Abastecimento
Farmacêutico (CAF), ligada à Secretaria Municipal de Saúde.
A
denúncia foi feita nesta segunda-feira (8) pela administração de Nadegi Queiroz
(DC), que era vice-prefeita e assumiu o cargo em junho deste ano por 180 dias.
Ela passou a comandar a cidade depois da prisão do ex-titular Demóstenes
Meira (PTB), suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro.
De
acordo com o coordenador da Secretaria de Saúde de Camaragibe, Sérgio Fantini,
na caixas havia soro fisiológico, luvas, catéteres, remédios controlados e
antibióticos. Também estão nas caixas aparelhos para medir glicose, que estão
impróprios para o uso. Algumas ampolas de medicamentos controlados foram
achadas em uma lixeira. Um levantamento detalhado ainda está sendo finalizado.
"Para
se ter uma noção, não havia o mínimo necessário para atender a rede municipal
de saúde quando assumimos. Não havia sequer soro fisiológico. Eram menos de 500
ml para toda a rede", afirmou Fantini.
O
coordenador informou que, na última semana, a Secretaria de Saúde de Camaragibe
investiu cerca de R$ 200 mil para assegurar o atendimento nas unidades de maior
porte, como o Hospital Municipal Dr. Aristeu Chaves, a Maternidade Amiga da
Família e o Centro de Especialidades Antônio Luiz de Souza. Ainda assim, os
postos de saúde seguem com problemas em seus estoques.
"Fizemos
parceria com os fornecedores, explicamos a situação do município, para que eles
entregassem no prazo mínimo. Acreditamos que, no decorrer da próxima semana, a
situação já começa a ser normalizada", disse Fantini. A reportagem
entrou em contato com a antiga administração do município, mas as ligações não
foram atendidas.
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