A Odebrecht S.A.
(ODB), um dos maiores conglomerados empresariais do país, formalizou nesta
segunda-feira (17) na Justiça de São Paulo um pedido de recuperação judicial. O
processo ficará a cargo do juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, da 1ª Vara de
Falências e Recuperações Judiciais.
Em
comunicado, a companhia informou que o processo envolve R$ 51 bilhões de
dívidas passíveis de reestruturação. Outros R$ 14,5 bilhões são compostos sobretudo
por dívidas lastreadas em ações da Braskem e não passíveis de reestruturação.
De
acordo com o processo enviado à Justiça, o valor total da causa é de R$
83,627 bilhões, que seria o valor do passivo sujeito à recuperação, o que
tornaria o processo a maior recuperação judicial da história do país, superando
a da Oi em 2016, de R$ 64 bilhões.
Segundo
o advogado Guilherme Marcondes Machado, caso a recuperação judicial seja
aprovada pela Justiça, o administrador judicial apresentará uma segunda lista
de credores, elevando o valor da dívida envolvida para acima dos R$ 51 bilhões.
Somados
os R$ 83,627 bilhões aos outros R$ 14,5 bilhões em dívidas não passíveis de
recuperação, a dívida total da Odebrecht chegaria a cerca de R$ 98 bilhões. A
lista de credores da empresa, no entanto, não havia sido disponibilizada no
processo até a última atualização desta reportagem.
O
pedido de recuperação judicial da Odebrecht exclui Braskem, a empreiteira OEC,
a Ocyan, a incorporadora OR, a Odebrecht Transport, o estaleiro Enseada, além
da Ativos Agroindustrial, que pediu recuperação judicial no mês passado.
Também não estão incluídas no pedido alguns ativos operacionais na América
Latina e suas respectivas subsidiárias.
Relatório
publicado pela empresa em 2015 com dados de 2014, aponta que, naquele
período, a empresa tinha 276 mil funcionários. Hoje a empresa tem apenas 48
mil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário