
Os
policiais militares e os bombeiros também serão incluídos na reforma das regras
de aposentadoria dos militares e isso gerará aos estados (e ao Distrito
Federal) uma economia de R$ 52 bilhões em 10 anos, segundo estimativas do
Ministério da Economia. O projeto prevê aumento no tempo de serviço dos
militares e na alíquota a ser paga à Previdência.
"O
orçamento prevê uma economia de mais de R$ 50 bilhões nos próximos dez anos,
apenas na questão da PM e corpos de bombeiros", declarou o secretário
especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
A
proposta de reforma do regime de aposentadoria dos militares aumenta o
tempo de serviço na ativa e também a alíquota de contribuição da
categoria. Entre as mudanças que o governo propõe, estão a elevação da alíquota previdenciária de 7,5% para 8,5% em 2020 para 9,5% em 2021
– e para 10,5% de 2022 em diante. Também previsto o aumento do tempo para o
militar passar para a reserva, de 30 para 35 anos na ativa e a taxação de 10,5%
nas pensões recebidas por familiares de militares.
A
proposta é feita em um momento em que os estados apresentam dificuldades
financeiras. Levantamento do G1 feito a partir de dados encaminhados
pelos estados à Secretaria do Tesouro Nacional mostra que os gastos dos estados
com servidores na ativa e aposentados cresceram novamente em 2018.
De
acordo com as informações repassadas pelos estados, os gastos
"brutos" com pessoal, isto é, sem abatimentos, passaram de 47,53% da
arrecadação total em 2016 para 49,36% em 2017 e, em 2018, para 50,23%. Pela
média, os estados gastaram, em 2018, mais de metade da arrecadação total com
servidores da ativa e aposentados.
Pesquisadora
do Instituto Brasileiro de Econômica (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV),
Vilma Pinto fez um levantamento das despesas com pessoal, e encargos sociais,
em relação aos gastos totais dos estados. Os números, segundo ela, mostram que
em 17 estados os gastos representaram mais de 60% dos gastos totais no ano de
2017.
"Isso
compromete o funcionamento do estado como um todo. Quando gasta 60%, 70% para
pagar salário, sobra muito pouco para pagar todo o resto, como segurança,
assistência. No caso dos estados, o que pesa mais é educação e segurança. [...]
Quando diz que sobra pouco para a Saúde, por exemplo, está falando de custeio e
investimento, da construção de novas escolas e do pagamento da merenda escolar.
Isso mostra que há um desequilíbrio", avaliou. Do G1.
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