A
Polícia Civil investiga um golpe aplicado por meio do WhatsApp e que foi
denunciado por, pelo menos, sete pessoas que tiveram a conta no aplicativo de
mensagens invadida por bandidos. Eles fingem ser as vítimas para pedir dinheiro
emprestado a conhecidos delas, convencendo-os a fazer depósitos
bancários.
Os
casos foram registrados na Delegacia de Crimes Cibernéticos, na Rua da Aurora,
no Centro do Recife. Uma das vítimas é enfermeira e não quis se
identificar. Ela fez um boletim de ocorrência, mas afirma que está com medo de
enfrentar ainda mais problemas.
Após
receber uma mensagem supostamente de uma colega de trabalho, perguntando se
queria entrar em um grupo sobre roupas de grife. A enfermeira aceitou e
recebeu, por SMS, um código que supostamente daria acesso ao grupo.
O
alerta, em inglês, diz que o código não deveria ser compartilhado com ninguém.
Ela tirou um print da tela e enviou para a pessoa que pensava ser a colega de
trabalho. Dez minutos depois, veio o pedido de um empréstimo.
"Eu
recebi o código do SMS, não prestei atenção ao que estava escrito, fiz o print
da tela e encaminhei. Em seguida, ele [o golpista] começou uma conversa me
pedindo para transferir uma quantia em dinheiro. Foi nesse momento que eu
desconfiei e achei que não era aquela pessoa, porque ela não teria essa
intimidade de me fazer esse pedido", afirma a vítima.
Pouco
tempo depois, ela já tinha perdido o controle sobre a própria conta do WhatsApp.
O ladrão já tinha acessado os contatos dela, inclusive a cunhada, que também
acabou compartilhando com ele o código que chegou pelo SMS.
"Fiquei
sem o WhatsApp durante algumas horas, porque, quando tentei reinstalar, o
aplicativo informava que eu já tinha ido lá recentemente e um novo código de
verificação só podia ser fornecido depois de algumas horas. Eu só consegui
recuperar minha conta no fim do dia", declara.
Usando
o nome da enfermeira e com a foto dela no perfil do WhatsApp, o ladrão pediu
empréstimos a vários contatos dela. Todos, distraidamente, informaram a ele o
código que chegou por SMS e também tiveram suas contas invadidas.
"Conheço,
ao menos, dez pessoas. Não houve depósito em dinheiro, mas tiveram suas contas
levadas e passaram a receber mensagens da mesma forma que eu", diz a
enfermeira.
De
acordo com o delegado Eronides Meneses, da Delegacia de Crimes Cibernéticos, em
caso de pedidos de empréstimo, as vítimas precisam ficar atentas antes de
transferir dinheiro para contas de terceiros. Do G1
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