O
município de Custódia passará por mudança no calendário de abastecimento a
partir deste mês de janeiro. O motivo é o colapso da Barragem de Marrecas,
manancial que não conseguiu uma recuperação satisfatória com as chuvas
registradas neste inverno na região.
A
barragem, que tem a capacidade de acumular 21 milhões de metros cúbicos, entrou
em colapso e não tem mais condições de fornecer água para a cidade. Diante
desse quadro, a Compesa precisou adotar mudanças no calendário para continuar
atendendo à população.
Cerca
de 70% da cidade passará a receber água uma vez por mês de uma bateria de poços
da companhia que está localizada em Vila de Fátima, distrito do município de
Flores. Já os bairros de Redenção e Cohab serão atendidos por carros-pipa.
“Essas áreas de topografia elevada não terão condições de receber água nas
torneiras, uma vez que as pressões na rede de abastecimento estão baixas”,
explica o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Denis Mendes.
Para
resolver a questão de falta de água em Custódia, que sofre há sete anos
consecutivos com os efeitos da estiagem prolongada, o Governo do Estado conseguiu
aprovar a obra de ampliação do sistema de abastecimento de água da cidade, um
dos nove projetos selecionados pelo Programa Avançar, do Ministério das
Cidades, com financiamento do FGTS. Segundo o presidente da Compesa, Roberto
Tavares, o contrato de financiamento deve ser assinado neste primeiro semestre.
A
obra de ampliação do abastecimento de Custódia consiste na construção de uma
Estação Elevatória no distrito de Rio da Barra, em Sertânia, que será
alimentada pelas águas da Transposição do Rio São Francisco. Uma adutora de 23
quilômetros de extensão será construída às margens da BR-232, até a Estação de
Tratamento de Água (ETA-Custódia). Para tratar a vazão de 85 litros de água por
segundo do novo sistema, essa ETA também será ampliada.