O último dos 15
mandados de prisão preventiva da Operação Torrentes, que investiga desvios
que podem chegar a até 30% em contratos que totalizam R$ 450 milhões para
compra de colchões, filtros de água e comida para flagelados de enchentes
na Zona da Mata Sul de Pernambuco neste ano e em 2010, foi cumprido nesta
sexta-feira (10), um dia depois da deflagração da ação pela Polícia Federal
(PF).
Por volta das 11h,
Ítalo Henrique Silva Jaques se apresentou, na sede da corporação, no Bairro do
Recife, área central da cidade, acompanhado de um advogado. Após ser
interrogado, ele foi levado para uma audiência de custódia na Justiça Federal e
em seguida, foi encaminhado para o Centro de Observação Criminológica e Triagem
Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.

Os agentes estiveram
nos prédios da Casa Militar, ao lado do Palácio do Campo das Princesas, sede do
governo estadual, Vice-Governadoria, Centro de Abastecimento de Pernambuco
(Ceasa) e Coordenadoria de Defesa Civil (Codecipe). Também houve operação em
imóveis na capital e em Olinda.
Durante a Operação
Torrentes, os agentes prenderam temporariamente quatro oficiais da PM de
Pernambuco. Segundo a PF, eles têm participação efetiva nos desvios
de recursos. Os coronéis Fábio de Alcântara Rosendo e Roberto Gomes de
Melo Filho, além do coronel aposentado Waldemir José Vasconcelos de Araújo,
seguiram para a Academia da Polícia Militar, em Paudalho, em cumprimento à
ordem de prisão temporária pelo prazo de 5 dias. O tenente-coronel Laurinaldo
Félix do Nascimento passa a ser monitorado por tornozeleira eletrônica "em
razão da necessidade de submissão a procedimento médico em hospital particular,
previamente marcado", segundo nota da Justiça Federal em
Pernambuco.