terça-feira, 17 de outubro de 2017

PF confirma delação de empresários da Operação Turbulência do PSB Pernambuco

            A confirmação de que os empresários presos na chamada “Operação Turbulência” fizeram mesmo delação premiada caiu como uma bomba no Palácio das Princesas. Além de ratificar os eventuais crimes cometidos pelo então governador Eduardo Campos (morto em acidente aéreo em 2014) joga para o meio da tempestade os nomes do governador Paulo Câmara e o Prefeito Geraldo Júlio. A informação é do blog de Ricardo Antunes.

Informação obtida pela blogueira Noélia Brito junto a PF revela que os empresários, João Carlos Pessoa Lyra, Eduardo Ventola, Apolo Santana e o sócio de Campos, Aldo Gudes, tiveram homologada suas delações pelo STF. Segundo o blog apurou, com fontes do Supremo, os depoimentos são mesmo demolidores.

Deflagrada em junho de 2016, a Operação Turbulência identificou uma rede de empresas de fachada, inclusive as envolvidas na compra do avião, que teriam sido usada para lavar cerca de R$ 600 milhões. A investigação começou a partir da dificuldade em identificar o dono da aeronave após o acidente e agora avança sobre uma nova empresa que, segundo a PF, possui contratos milionários com o governo de Pernambuco e teria movimentado dinheiro no esquema.

Embora a operação Turbulência tenha origem na queda do avião que matou o ex-governador Eduardo Campos e era de propriedade dele e dos empresários, a PF compartilhou informações com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e com o grupo de investigadores da Procuradoria-Geral da República. Para chegar aos verdadeiros proprietários do jatinho, a PF mapeou uma teia de empresas de fachada supostamente utilizadas para lavar e escoar dinheiro oriundo de obras públicas para campanhas políticas. Foram investigados repasses da Camargo Corrêa e da OAS que teriam origem em desvios praticados em obras da Petrobras em Pernambuco e na transposição do Rio de São Francisco.