As
polícias Civil e Federal já registram sete casos de adolescentes envolvidos com
o “jogo” Baleia Azul em Pernambuco. A informação é da Polícia Civil de
Pernambuco, que realizou uma coletiva de imprensa para dar orientações sobre o
assunto na tarde desta quinta-feira (20), no Recife.
A
Polícia Civil investiga dois casos no Recife - um menino no Ibura e uma menina
em Brasília Teimosa -; uma menina no município de Paulista; um menino em Goiana
e um em Vicência, na Zona da Mata Norte. Já a Polícia Federal investiga dois
casos na cidade de Moreno, na Região Metropolitana do Recife.
"É
um jogo macabro, quase uma seita, que afeta pessoas que ainda não têm o
discernimento que nós, adultos, temos", disse Darlison Freire, gestor do
Departamento de Policia da Criança e do Adolescente (DPCA).
O
caso no bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife, foi registrado nesta quinta, e
envolve um adolescente. Segundo o delegado, numa das tarefas, o jovem tinha que
filmar o sacrifício de um gato e beber o sangue dele. No “jogo”, a filmagem
teria que ser enviada para o aliciador, conhecido como “curador”, para
comprovar que a tarefa foi cumprida. Caso não fosse, a vítima e família dela
seriam ameaçadas de morte.
"O
ameaçador costuma ter informações da vítima, muitas delas fornecidas pelo
próprio adolescente", explica Darlson. No caso registrado nessa quarta
(19), uma adolescente de 13 anos moradora de Paulista, também na RMR, teria
recebido ameaças por meio de mensagens no WhatsApp quando avisou que iria sair
do jogo. As mensagens partiram de pessoas que moram em Minas Gerais, Bahia e
interior do Rio de Janeiro. A polícia recebeu esse material e já está
investigando quem seriam esses aliciadores.
As
investigações acontecem tanto em âmbito local quanto nacional e contam com uma
força-tarefa e com a colaboração de polícias de diversos estados. Os
aliciadores, mesmo que tenham menos de 18 anos, podem ser responsabilizados,
junto com seus responsáveis legais. "Já vemos crimes de ameaça, lesão
corporal e induzimento ao suicídio (artigo 122, reclusão de 2 a 6 anos)",
explicou Darlson. Da Folhape.