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Foto: Roberto pereira/SEI |
Contrariando
a solicitação da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp)
que na quarta-feira (4), encaminhou um ofício ao chefe do Executivo estadual
solicitando que fosse respeitada a escolha do mais votado pelos integrantes da
instituição para assumir a função de Procurador Geral do Estado, o governador
Paulo Câmara escolheu o segundo mais votado.
O
ofício foi assinado pela presidente do Conamp, Norma Angélica Reis Cardoso
Cavalcanti. Na eleição, o promotor José Paulo Cavalcanti Xavier Filho teve 209
votos, seguido por Dirceu Barros, com 192, e Charles Hamilton dos Santos Lima,
com 188.
A
reivindicação foi endossada pela Associação do Ministério Público de Pernambuco
(AMPPE). O próprio Dirceu Barros chegou a defender, em e-mail encaminhado
durante a eleição para procurador-geral em 2013, que o critério do mais votado
fosse obedecido pelo então governador Eduardo Campos.
A
escolha não poderia ter sido mais intrigante e polêmica, já que o novo
procurador escolhido pelo governo, o promotor Francisco Dirceu Barros, é protagonista
de uma polêmica gravação que circulou, recentemente, nas redes sociais, na qual
defendia alternativas para manter privilégios diante da possível perda do
auxílio-moradia por parte dos membros do MP.
Sobre
a polêmica do áudio, Dirceu considera que foi mal interpretado e que suas
declarações foram distorcidas. Na gravação, o promotor se mostra preocupado com
a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) cortar o auxílio-moradia de
R$ 4.377 líquidos. Ontem, ele reiterou sua defesa pelo recebimento do
benefício.