Sem
alarde, a Câmara de vereadores de Tabira, Sertão do Pajeú, reajustou os
salários dos vereadores com os mesmos valores de Afogados da Ingazeira, foi o
que revelaram vereadores durante entrevista em uma rádio local. A medida vai de
encontro a movimentos que desde 2015 pregavam a redução salarial dos
parlamentares.
Inspirado
na posição do Padre Porto, da cidade de Mauá da Serra, no Paraná, que defendeu
dentro da igreja que os vereadores da cidade baixassem os próprios salários, em
Tabira surgiu o Movimento Tabira Unida em 2015. Na cidade das Tradições, o
movimento defendia que o salário das autoridades tenha por base o mínimo
nacional na época de R$ 788,00 reais.
O
Tabira Unida tem duas propostas. A 1ª é de que o salário do vereador seja
reduzido de R$ 6 mil para dois salários mínimos; secretário cairia para um
mínimo e meio; vice prefeita, 03 mínimos e prefeito 4 salários mínimos. A 2ª
proposta seria reduzir apenas os salários de vereador e vice, cargos que podem
ser conciliados com outras funções.
Apesar
de tudo isso, sem muito barulho, os vereadores tabirenses elevaram seus
salários para o mesmo valor da cidade de Afogados da Ingazeira (R$ 7.513,50)
que enfrenta protestos da sociedade por causa do reajuste também feito sem
alarde. Lá os vencimentos dos atuais vereadores é igual ao município de Tabira (R$
6.012,70) com a diferença de que a arrecadação de Afogados é bem maior do que a
da cidade das Tradições.