quinta-feira, 11 de agosto de 2016

PF: Bezerra Coelho pediu propina no esquema da Petrobras

          A Polícia Federal concluiu inquérito da Lava Jato que apura suspeitas de corrupção do ex-ministro e  senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). Os policiais encontraram indícios de “materialidade e autoria” envolvendo o  parlamentar nos crimes de corrupção passiva,  lavagem de dinheiro e organização criminosa. A conclusão está no inquérito enviado pela PF ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Teori Zavascki.

O inquérito foi aberto em março, quando o ministro Teori autorizou a PF a  apurar suspeitas contra o senador por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.

Em nota, a assessoria disse que, para a defesa do senador, ele não cometeu "qualquer prática ilícita". Disse também que, para o senador, o inquérito policial não deve fazer "juízo de valor" sobre a "conduta investigada".

Segundo a delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa,  Bezerra Coelho pediu R$ 20 milhões para a campanha à reeleição do então governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em 2014 . Na época, Bezerra Coelho era secretário de Desenvolvimento da administração de Campos. O inquérito concluiu que “encontra-se devidamente demonstrado” que, entre 2010 e 2011, o senador “de fato solicitou a vantagem indevida” às principais empreiteiras contratadas na execução das obras da refinaria de Abreu e Lima (PE).

FBC esteve recentemente na convenção da socialista Madalena
Segundo as investigações, “resta demonstrado que Fernando Bezerra participou ativa e substancialmente na solicitação de propina às empresas envolvidas e também se beneficiou de uma parte do montante ilícito”. De acordo com a PF, o dinheiro foi desviado de contratos da refinaria, seu repasse se efetivou por meio de operações fictícias, “como doações oficiosas”, contratos fraudulentos ou superfaturados com empresas de fachada e pagamentos em espécie por meio das empreiteiras envolvidas na obra como a Queiroz Galvão, OAS e Camargo Correa. G1