Um
dos temas recorrentes dos pronunciamentos do deputado Júlio Cavalcanti em plenário
é o abandono do Hospital Regional de Arcoverde. E nesta quarta-feira (10), a
unidade foi novamente o tema da fala do parlamentar. Júlio afirmou não entender
como o Estado não tinha verba para custear o Hospital, que vive há anos no
vermelho - devendo a fornecedores, sem suprimentos básicos para os
atendimentos, sem médicos plantonistas – e, agora, vai pagar mais de R$ 2
milhões por mês para uma Organização Social administrar o Hospital.
O
resultado da seleção que escolheu o Hospital do Tricentenário para gerenciar o
Hospital Regional Ruy de Barros Correia (Hospital Regional de Arcoverde) foi
publicado no Diário Oficial de 29 de julho, e vai garantir à OS o valor anual
de R$ 24.758.961,12 (vinte e quatro milhões, setecentos e cinquenta e oito mil,
novecentos e sessenta e um reais e doze centavos) para fazer funcionar a
unidade. Ou seja: R$ 2.063.246,76 (dois milhões, sessenta e três mil, duzentos
e quarenta e seis reais e setenta e seis centavos) por mês.
“Que
conta é essa? Não pode pagar 500 mil, mas agora pode pagar dois milhões?”,
questiona o parlamentar. “Vai ser bom para a população? Esperamos que sim. Tudo
que nós queremos é que o Hospital de Arcoverde funcione bem e atenda ao povo,
que há anos sofre com o descaso do Estado com a saúde. Mas também queremos
entender que matemática é essa que faz com que de uma hora pra outra o Estado
tenha capacidade de assumir essa fatura”, complementa.
De
acordo com Júlio, “parece até que essa é a receita para governar o Estado.
Sucatear, para depois de sucateado, o equipamento ganha um contrato de gestão
milionário”.
O
deputado destacou que os gastos com as OS e as OSCIPS já chamaram a atenção do
Tribunal de Contas do Estado. O TCE, em recente matéria de jornal, criticou,
também, o modelo de Estado criado pela gestão do PSB, que não deu certo e que
precisa ser revisto. “Realmente, não deu certo. Não dá certo. Tem que ser
revisto, urgentemente”, concluiu.