A
duas semanas do início da Olimpíada do Rio, a Polícia Federal (PF) realizou na
manhã desta quinta-feira (21) uma operação sigilosa de combate ao terrorismo
que prendeu 10 pessoas em 10 estados, informou o ministro da Justiça, Alexandre
de Moraes, em entrevista coletiva concedida em Brasília.
Foram
as primeiras prisões no Brasil com base na recente lei antiterrorismo,
sancionada em março pela presidente afastada, Dilma Rousseff. Também foram as
primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado
Islâmico, que atua no Oriente Médio, mas tem cometido atentados em várias
partes do mundo.
As
prisões, segundo o Ministério da Justiça, ocorreram no Amazonas, no Ceará, na
Paraíba, em Goiás, no Mato Grosso, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São
Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul, informou a assessoria do Ministério da
Justiça. O governo e PF não divulgaram os nomes dos suspeitos e nem para onde
eles foram levados depois da prisão.
O
suposto chefe do grupo, informou Moraes, é de Curitiba. Um dos presos foi
detido na área rural do município gaúcho de Rolante, em uma localidade chamada
de Açoita Cavalo. Ele tem 26 anos.
De
acordo com a Polícia Federal, o juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara da
Justiça Federal do Paraná, expediu 12 mandados de prisão temporária por 30
dias, sendo que as detenções podem vir a ser prorrogadas por mais um mês. O
magistrado também expediu dois mandados de condução coercitiva (quando a pessoa
é obrigada a ir prestar depoimento) e 19 de busca e apreensão.