Integrante
do grupo dissidente no PSB, que foi contrário a decisão de apoiar o então
candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) na disputa do segundo turno contra a
presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff, em 2014, o ex-presidente da
legenda Roberto Amaral anunciou a saída da sigla condenando a “degradação da
legenda”.
Em
uma longa carta, o fala do orgulho de ter refundado o partido nos anos de 1980.
“Em 1985 éramos poucos, meia dúzia de intelectuais movidos por uma convicção
ideológica: vencida a ditadura, findara com ela o papel dos partidos-frente,
abrindo caminho para os partidos programáticos”, afirma, em trecho da nota.
Sobre
os motivos que o levaram a deixar a legenda, afirmou que o partido rasgou
a sua história no segundo turno da eleição presidencial.
“O
grau de degradação ficou evidente quando o partido, no segundo turno do pleito
de 2014, traindo seu programa, rasgando sua história, decidiu-se por apoiar o
projeto da classe dominante… Decaído ideologicamente, o PSB se alia ao projeto
elitista, e agora também golpista, que sempre combatera”, afirma.
E
encerra: “Despeço-me do PSB que se nega a si mesmo para manter-me coerente com
minha vida. Faço-o de alma leve, certo de que escolho a melhor senda rumo ao
futuro”.