segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Professores de Arcoverde vão à justiça para garantir cumprimento do plano de cargos e carreiras

             O que era para ser o carro chefe, a educação tem sido o calo chefe do governo da Prefeita de Arcoverde Madalena Britto (PSB).

Depois de sofrer o constrangimento perante o Tribunal de Contas de Pernambuco, que detectou pelo menos oito irregularidades e erros primários na seleção pública simplificada, o que levou a reformulação do edital, além do descaso com as crianças autistas, agora surge outro fato que abalará o sono da Prefeita: Um grupo de professores ingressou na justiça para fazer valer a Lei Municipal n.º 007/2014, que instituiu o Plano de Cargos e Carreiras dos profissionais da educação.

O motivo da busca pela proteção da justiça se dá pelo fato de que a Prefeita e os ilustres integrantes da Secretaria de Educação se negam a realizar a seleção interna para escolha das funções técnico-pedagógicas, ou seja, Diretores de Escolas e Educadores de Apoio. O que causa espanto é que a lei é taxativa ao estabelecer que a seleção deveria ter sido realizada impreterivelmente até o mês de junho de 2015, nos termos do seu artigo 51 e até essa data não ocorreu. A lei enviada pela prefeita, aprovada pelos vereadores e sancionada pela prefeita é descumprida pela própria prefeita.

Como é do conhecimento de todos, o Plano de Cargos e Carreiras foi enviado à Câmara de Vereadores através de projeto de lei de autoria da Prefeita, e qual a explicação do não cumprimento? A resposta é simples: As funções devem ser exercidas pelos amigos da Rainha, pois se houver seleção, haverá a possibilidade de acesso de profissionais da educação com maior qualificação, mas que não se adequam ao sistema inquisitorial e ditatorial atualmente instalado no atual governo e na Secretaria de Educação.

Mas não é tão simples assim, pois o descumprimento da lei trás consequências severas e o Poder Judiciário dará a última e correta palavra sobre a questão, revelou um dos professores que reivindicam o cumprimento do PCC.

O processo já se encontra em andamento, tendo o juiz determinado a manifestação do Município de Arcoverde, para que preste esclarecimentos sobre essa séria questão. Caberia também aos vereadores, todos que aprovaram a reformulação do PCCM em 2014, cobra o cumprimento da lei que votaram.