A foto foi tirada na sexta (8) |
A
perspectiva dos especialistas é que, a exemplo do que aconteceu com o zika no
primeiro semestre do ano passado, ocorra uma epidemia de vírus chikungunya em
Pernambuco neste ano. O pico de casos deverá ocorrer entre o fim deste mês e o
início de fevereiro. E em Arcoverde, há locais que a prefeitura fecha os olhos
para os graves problemas.
Um
deles já foi denunciado desde o ano passado, há mais de três meses e o problema
continua até hoje (9) no final da Rua Argentina, no bairro do JK, aonde um
buraco de uma obra de saneamento inacabada serve de abrigo para muriçocas,
mosquitos e todos os tipos de insetos, além da fedentina que chega as casas
quando o calor bate mais forte.
O buraco,
que quando chove torna-se numa piscina de água suja, esgoto e lama, além de
colocar em risco a vida dos pedestres (idosos e crianças), ainda comprova
porque Arcoverde viveu uma das piores crises na saúde com a infestação de
dengue e chikungunya em 2015 devido o descaso do governo para com o combate aos
focos e ao mosquito Aedes Aegypti. Agora, de acordo com as previsões dos especialistas para
todo o Estado, a tendência é que Arcoverde viva em 2016 mais um drama com emergências
lotadas no Hospital Regional, Memorial, Policlínica e nas unidades básicas de
saúde, principalmente relegando a solução para problemas como esses do JK.
De
acordo com os especialistas, a estimativa é que, até 30% da população, possa
contrair a chikungunya. Considerando a população total do estado, são 3 milhões
de pessoas suscetíveis à transmissão. Seguindo esse percentual, em Arcoverde
seriam mais de 22 mil pessoas propensas a serem contaminadas pelo vírus
chikungunya.
O
último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostra que o
vírus já foi notificado em 103 municípios do estado, o que representa 55% do
total das cidades. Em 45 delas, há casos confirmados. A maioria localizada na
Região Metropolitana do Recife e no Agreste.