A
Superintendência da Polícia Federal (PF) em Pernambuco deflagrou, em parceria
com a Controladoria-Geral da União (CGU), a Operação Carona, que investiga
contratos de empresas de transporte escolar com o Poder Público no estado. De
acordo com as denúncias, as empresas A.R Resendis e A.G Serviços superfaturaram
serviços em municípios do estado e receberam, de forma fraudulenta, mais de R$
50 milhões.
De
acordo com a CGU, as contratações para transporte escolar municipal eram feitas
por pregão, ou em caráter emergencial, com dispensa de licitação. As empresas,
no entanto, não tinham estrutura para executar os serviços e subcontratavam
terceiros, geralmente os próprios moradores da cidade, por valores mais baixos
que os pagos pela prefeitura.
Estão
sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em sete municípios do estado.
As ações ocorrem na capital, Recife, e nas cidades de Caruaru, Serra Talhada,
Carpina, Limoeiro, Glória do Goitá e Passira. Prefeitos também são alvo das
investigações. A Operação Carona contou com a participação de 65 policiais
federais e sete analistas da CGU.
Denúncias
feitas no ano passado auxiliaram no início das investigações e mostraram que a
empresa vencedora da licitação era definida antes mesmo de realizado o certame.
Em junho, uma pessoa que denunciou crimes ocorridos em Glória de Goitá sofreu
um atentado e foi incluída no programa de proteção a testemunhas.
As
supostas atividades ilícitas foram detectadas pela CGU durante o Programa de
Fiscalização a partir de sorteios públicos. O programa consiste no sorteio de
municípios com até 500 mil habitantes para serem fiscalizados quando à correta
utilização dos recursos públicos federais. De acordo com a controladoria, as
empresas que fraudaram os contratos beneficiaram-se do Programa Nacional de
Apoio ao Transporte Escolar, do Ministério da Educação. A partir da constatação
da CGU, a Operação Carona foi deflagrada.
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