“Com certeza, é uma tentativa de envolver as Forças Armadas e policiais no processo eleitoral, o que, na minha opinião, é totalmente fora de propósito”, disse Chagas à coluna. “Eu não gostaria de ser testemunha deste absurdo e não acredito que os militares próximos ao presidente bem como o almirantado e os Altos Comandos apoiem esta infantilidade”.
Para o general, a reação
deve ser drástica: “Eles podem dizer ao presidente que essa é uma ordem errada
e que ordem errada não se cumpre”. Para Chagas, a troca de local do desfile
poderia ser classificada de “ordem errada” por causa da “oportunidade” e da
“intenção por trás da determinação de Bolsonaro”.
“O presidente está usando as
forças militares política e eleitoralmente, o que é errado! É uma forma de
depreciar o prestígio das Forças Armadas”, acredita Chagas, que vai se
candidatar a deputado federal pelo Podemos.
Perguntado se o objetivo não
seria ainda mais grave que manipulação eleitoral, mas o de deliberadamente
associar a imagem das Forças Armadas ao golpismo, o general respondeu: “É isso
que .chamo de ‘intenção por trás da ordem'”.
Chagas diz que as regras têm que prevalecer a todo custo. “Embora eu seja visceralmente antipetista, sou absolutamente contrário ao uso político do cargo de comandante das Forças Armadas por quem quer que seja”, afirma.
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