quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Nova variante do coronavírus é identificada na França

                        Pesquisadores do Instituto Hospitalar Universitário de Marselha identificaram uma nova variante do coronavírus com mais de 40 mutações genéticas. A chamada de IHU, sigla do Instituto, pode estar associada a um possível aumento na transmissão da doença. 

Segundo os pesquisadores que a identificaram, pouco se sabe sobre a variante, mas observou-se que ela é derivada de outra variante, a B.1.640, que está sob vigilância da Organização Mundial da Saúde (OMS) e foi detectada em setembro de 2021 na República do Congo. 

A nova estirpe do SARS-CoV-2 tem 46 mutações ao todo, incluindo uma que está associada ao possível aumento de contágios da Covid-19. Seu nome técnico ficou definido como B.1.640.2. 

Os primeiros casos da variante foram identificados em Forcalquier, na região de Provença-Alpes-Costa Azul na França. Em Marsellha, uma dezena de casos também foi registrado, mas eles estavam associados a viagens a Camarões, país que faz fronteira com a República do Congo. 

O IHU da cidade de Marselha é especializado em doenças infecciosas e é dirigido pelo médico Didier Raoult — que chegou a receber uma advertência em 2021 da Ordem de Médicos da França após violar um código de ética ao promover o uso de remédio antimalária — hidroxicloroquina — como tratamento da Covid-19, mesmo sem provas de sua eficácia. 

A informação foi divulgada pelas redes sociais do Instituto no início de dezembro. Até o momento, não há nenhuma novidade sobre a nova variante. 

Para os infectologistas, não é necessário se preocupar com ela porque, pelos resultados apresentados, ela não tem crescido pelo mundo. "Sim, precisamos focar em variantes que estejam surgindo. Grandes cientistas já estão fazendo isso. Só por isso que a nova variante foi identificada originalmente, semanas atrás. No entanto, nem todas elas são preocupantes e não precisam aparecer em manchetes assustadoras", diz a médica Emma Hodcroft do Nextstrain, Institute of Social and Preventive Medicine (ISPM) da Suiça e da Universität Bern.

Já Tom Peacock, virologista do Departamento Imperial de Doenças Infecciosas da Inglaterra, ressalta que a variante foi identificada antes da ômicron e que realmente não é necessário se preocupar com a IHU ou B.1.640.2.  

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