O
objetivo dos parlamentares é tornar a comissão - se aprovada - um instrumento
de investigação e enfrentamento a ações negacionistas, duvidosas ou omissas por
parte do Governo Federal no combate ao Coronavírus.
"A
CPI do apagão de dados é fundamental para sabermos a real dimensão da
transmissão da Covid e suas variantes pelo país. Pesquisadores não estão
conseguindo acessar o sistema de notificação do governo por conta do apagão.
Sem essas informações, fica difícil prever os impactos da doença nos hospitais,
por exemplo", argumenta Marília.
Desde
o início da pandemia de Covid-19 no Brasil, os especialistas do ramo da saúde
enfrentam dificuldades na tarefa de fazer diagnósticos sobre a situação da
infecção no país e, consequentemente, não conseguem elaborar estratégias
eficazes baseadas em evidências científicas com a qualidade desejada,
transformando a caminhada do país rumo ao fim da pandemia num “voo
cego”.
A
já delicada situação começou a piorar dm 10 de dezembro de 2021, quando um
ataque hacker comprometeu alguns sistemas do Ministério da Saúde, como o
Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), e-SUS
Notifica, o ConecteSUS e outras funcionalidades como a emissão do Certificado
Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que
chegaram a ficar indisponíveis por um período.
O
episódio passou a ser investigado, pedido do ministério, pelo Gabinete de
Segurança Institucional (GSI) e pela Polícia Federal (PF), que abriu um
inquérito e confirmou o comprometimento dos sistemas, informando ainda que os
dados do site não foram criptografados após o ataque.
Dois
dias depois, a pasta afirmou que finalizou a recuperação dos registros de
vacinados sem perda de informações. No entanto, somente em 23 de dezembro o
perfil oficial do ministério no Twitter informou que o ConecteSUS voltou a
funcionar, totalizando 13 dias sem funcionamento.
Outros serviços foram prejudicados, como a atualização do boletim epidemiológico diário divulgado aos jornalistas, atualização dos dados referentes aos casos e mortes por parte dos estados, o que refletiu na queda dos índices nos balanços diários, divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Ministério da Saúde. Esse último, um fator que também colabora para gerar o quadro de “voo cego”. Os balanços da doença no país como um todo e também em diferentes estados seguem apresentando defasagens ainda neste início de 2022.
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