quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Marília Arraes e bancada petista propõem CPI do Apagão de Dados da Saúde

                         Uma proposta da deputada federal Marília Arraes (PT-PE), que pede a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o apagão de dados do Ministério da Saúde, foi protocolada de forma conjunta com demais membros da bancada do PT na Câmara. 

O objetivo dos parlamentares é tornar a comissão - se aprovada - um instrumento de investigação e enfrentamento a ações negacionistas, duvidosas ou omissas por parte do Governo Federal no combate ao Coronavírus. 

"A CPI do apagão de dados é fundamental para sabermos a real dimensão da transmissão da Covid e suas variantes pelo país. Pesquisadores não estão conseguindo acessar o sistema de notificação do governo por conta do apagão. Sem essas informações, fica difícil prever os impactos da doença nos hospitais, por exemplo", argumenta Marília.

Desde o início da pandemia de Covid-19 no Brasil, os especialistas do ramo da saúde enfrentam dificuldades na tarefa de fazer diagnósticos sobre a situação da infecção no país e, consequentemente, não conseguem elaborar estratégias eficazes baseadas em evidências científicas com a qualidade desejada, transformando a caminhada do país rumo ao fim da pandemia num “voo cego”.  

A já delicada situação começou a piorar dm 10 de dezembro de 2021, quando um ataque hacker comprometeu alguns sistemas do Ministério da Saúde, como o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), e-SUS Notifica, o ConecteSUS e outras funcionalidades como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que chegaram a ficar indisponíveis por um período. 

O episódio passou a ser investigado, pedido do ministério, pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e pela Polícia Federal (PF), que abriu um inquérito e confirmou o comprometimento dos sistemas, informando ainda que os dados do site não foram criptografados após o ataque. 

Dois dias depois, a pasta afirmou que finalizou a recuperação dos registros de vacinados sem perda de informações. No entanto, somente em 23 de dezembro o perfil oficial do ministério no Twitter informou que o ConecteSUS voltou a funcionar, totalizando 13 dias sem funcionamento.

Outros serviços foram prejudicados, como a atualização do boletim epidemiológico diário divulgado aos jornalistas, atualização dos dados referentes aos casos e mortes por parte dos estados, o que refletiu na queda dos índices nos balanços diários, divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Ministério da Saúde. Esse último, um fator que também colabora para gerar o quadro de “voo cego”. Os balanços da doença no país como um todo e também em diferentes estados seguem apresentando defasagens ainda neste início de 2022. 

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