Durante
a reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do
Iphan, a expressão musical foi considerada como supergênero. De acordo com o
instituto, o forró leva essa classificação por agrupar ritmos e manifestações
culturais como o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e
o arrasta-pé.
Para
aprovar o reconhecimento, o Iphan iniciou uma pesquisa em 2019, nos
nove estados do Nordeste, além do Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de
Janeiro e São Paulo, para entender e identificar como se expressa o forró. Em
seguida, houve também estudos nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com
a identificação de festivais sobre a expressão musical.
O
pedido de consideração de registro das matrizes tradicionais do forró foi
encaminhado ao Iphan pela Associação Cultural Balaio Nordeste, de João Pessoa,
na Paraíba. Após a solicitação, o processo foi aberto em 2011.
Segunda
a relatora do processo no conselho do Iphan, Maria Cecília Londres Fonseca, a
pesquisa aponta que a primeira menção à palavra forró foi localizada em um
jornal amazonense de 1914, referindo-se a seringueiros cearenses “possivelmente
em suas atividades festivas". O levantamento também identificou que o mais
provável é que a palavra forró venha do termo forrobodó, que já era utilizado
em dicionários desde o fim do século XIX, atendendo a práticas pejorativas.
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