As aulas
presenciais foram suspensas pelas universidades de Pernambuco no dia 15 de
março de 2020, dois dias depois da confirmação dos dois primeiros casos de
Covid no Recife. Desde então, as instituições adotaram modelos de ensino
majoritariamente remotos, com exceção de cursos em que há atividades práticas.
Com
a flexibilização das atividades pelo Plano de Convivência com a
Covid-19, os estudantes cobram a volta das aulas presenciais. É o caso do
estudante Reginaldo Guimarães, que cursa licenciatura em computação na UFRPE.
"Eu
costumo, em sala de aula, tirar minhas dúvidas. Eu não saio de uma aula sem
sanar minhas dúvidas. Mas vários professores, durante a pandemia, não continuaram
dando aula ao vivo, mesmo que a distância. Então, tivemos que nos habituar a
ler textos, fazer exercícios ou assistir vídeos gravados por eles previamente.
Então, minha principal preocupação é a falta de interação. Eu acho que o
aprendizado perde em qualidade", afirmou o estudante.
No
campus da UFRPE, as cadeiras estão amontoadas e o que se vê é o vazio no prédio
que antes era movimentado pelo vai e vem dos estudantes, professores e técnicos
administrativos. O reitor afirmou que a universidade não deve mais voltar ao
esquema de aulas somente nas salas.
Ele
acredita que, depois da pandemia passar, a Rural deve optar pelo modelo
híbrido, que mistura aulas online com presenciais.
"A
gente agora em novembro vai ofertar algumas disciplinas ainda desse período
vigente com presencialidade experimental, principalmente na veterinária, nas
engenharias. E acreditamos que em fevereiro de 2022, no início do próximo
semestre, a gente já tenha uma volta mais amplificada das atividades
presenciais", disse o reitor.
Para
o estudante Reinaldo Guimarães, a carga de estudos aumentou depois da pandemia.
"Eu
achei que uma responsabilidade maior foi transferida para os alunos e a gente
ficou tendo que superar essa falta de interação com mais leitura, mais
atividades. Eu questionei um professor durante uma sessão e ele confessou que,
nesse período, os professores estão passando cerca de três vezes mais
atividades que antes", declarou.
Na
Universidade Federal de Pernambuco, serviços que são oferecidos à comunidade,
como dentista, voltaram a funcionar, mas sem agendamento de novas consultas. Os
estudantes estão atendendo a quem tinha agendamentos anteriormente. Para a
maioria dos cursos, a volta às aulas presenciais ainda é uma incógnita.
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