segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Estudantes de universidades federais em Pernambuco cobram retorno às aulas

                 Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) estão preocupados com o aprendizado durante o ensino remoto, adotado devido à pandemia de Covid-19. Com o avanço na vacinação, eles cobram que as aulas presenciais voltem a ser realizadas.

As aulas presenciais foram suspensas pelas universidades de Pernambuco no dia 15 de março de 2020, dois dias depois da confirmação dos dois primeiros casos de Covid no Recife. Desde então, as instituições adotaram modelos de ensino majoritariamente remotos, com exceção de cursos em que há atividades práticas.

Com a flexibilização das atividades pelo Plano de Convivência com a Covid-19, os estudantes cobram a volta das aulas presenciais. É o caso do estudante Reginaldo Guimarães, que cursa licenciatura em computação na UFRPE.

"Eu costumo, em sala de aula, tirar minhas dúvidas. Eu não saio de uma aula sem sanar minhas dúvidas. Mas vários professores, durante a pandemia, não continuaram dando aula ao vivo, mesmo que a distância. Então, tivemos que nos habituar a ler textos, fazer exercícios ou assistir vídeos gravados por eles previamente. Então, minha principal preocupação é a falta de interação. Eu acho que o aprendizado perde em qualidade", afirmou o estudante.

No campus da UFRPE, as cadeiras estão amontoadas e o que se vê é o vazio no prédio que antes era movimentado pelo vai e vem dos estudantes, professores e técnicos administrativos. O reitor afirmou que a universidade não deve mais voltar ao esquema de aulas somente nas salas.

Ele acredita que, depois da pandemia passar, a Rural deve optar pelo modelo híbrido, que mistura aulas online com presenciais.

"A gente agora em novembro vai ofertar algumas disciplinas ainda desse período vigente com presencialidade experimental, principalmente na veterinária, nas engenharias. E acreditamos que em fevereiro de 2022, no início do próximo semestre, a gente já tenha uma volta mais amplificada das atividades presenciais", disse o reitor.

Para o estudante Reinaldo Guimarães, a carga de estudos aumentou depois da pandemia.

"Eu achei que uma responsabilidade maior foi transferida para os alunos e a gente ficou tendo que superar essa falta de interação com mais leitura, mais atividades. Eu questionei um professor durante uma sessão e ele confessou que, nesse período, os professores estão passando cerca de três vezes mais atividades que antes", declarou.

Na Universidade Federal de Pernambuco, serviços que são oferecidos à comunidade, como dentista, voltaram a funcionar, mas sem agendamento de novas consultas. Os estudantes estão atendendo a quem tinha agendamentos anteriormente. Para a maioria dos cursos, a volta às aulas presenciais ainda é uma incógnita.

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