Moro
ganhou notoriedade nacional como juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba
durante a Operação Lava Jato, que investigou um esquema de corrupção e
desvio de recursos públicos envolvendo a Petrobras.
Ele
deixou a magistratura após aceitar convite do presidente Jair Bolsonaro para
comandar o Ministério da Justiça. Ele deixou a pasta no ano passado após acusar
Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal.
Em
discurso, Moro tratou de diversos temas, entre eles meio ambiente, economia e
segurança pública. Falou que “queremos juntos construir o Brasil do futuro” e
que uma das prioridades de seu projeto será acabar com a pobreza.
O
ex-juiz também fez um pronunciamento voltado ao combate à corrupção e disse que
entrou na política para fazer correções “de dentro para fora”. Moro defendeu o
fim do foro privilegiado e a retomada da prisão após a condenação em
segunda instância.
“Eu
sonhava que o sistema político iria se corrigir após a Lava Jato, que a
corrupção seria coisa do passado e que o interesse da população seria colocado
em primeiro lugar. Isso não aconteceu", disse Moro.
"Embora
tenha muita gente boa na política, nós não vemos grandes avanços. Após um ano
fora, eu resolvi voltar. Não podia ficar quieto, sem dizer o que penso, sem
tentar, mais uma vez, com vocês, ajudar o Brasil. Então, resolvi fazer do jeito
que me restava, entrando na política, corrigindo isso de dentro para fora”,
afirmou.
Sem
citar nomes, Moro lembrou de escândalos de corrupção, entre eles o do "mensalão",
que atingiu o PT, e o das "rachadinhas", que envolve a família
do presidente Jair Bolsonaro.
“Chega
de corrupção, chega de mensalão, chega de petrolão, chega de rachadinha. Chega
de querer levar vantagem em tudo e enganar a população”, afirmou.
Moro
também disse que o projeto político dele “não é agressivo”.
“Nossas
únicas armas serão a verdade, a ciência e a justiça. Trataremos a todos com
caridade e sem malícia. Respeitaremos aqueles que gostam e aqueles que não
gostam de nós. O Brasil é de todos os brasileiros e nosso caminho jamais será o
da mentira, das verdades alternativas ou de fomentar divisões ou agressões de
brasileiro contra brasileiro”, afirmou.
Ex-ministro
de Bolsonaro, Moro explicou que decidiu entrar no governo em 2019 por ter
“esperança de dias melhores” e que se sentia "no dever de ajudar”. Ele
afirmou que queria combater a corrupção, mas que não encontrou o apoio do
governo.
“Quando
vi meu trabalho boicotado e quando foi quebrada a promessa de que o governo
combateria a corrupção, sem proteger quem quer que seja, continuar como
ministro seria apenas uma farsa. Nunca renunciarei aos meus princípios e ao
compromisso com o povo brasileiro. Nenhum cargo vale a sua alma”, disse.
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