As
informações foram obtidas em 11,9 milhões de documentos de escritórios
administradores de offshores em todo o mundo, aos quais o consórcio
teve acesso.
Participaram
da investigação 615 jornalistas de 149 veículos em 117 países. No Brasil,
fizeram parte da apuração jornalistas do site Poder360, da revista
"piauí", da Agência Pública e do site Metrópoles.
O
material está sendo analisado há cerca de um ano e foi divulgado neste domingo
(3), em uma série de reportagens batizada de Pandora Papers. No Brasil, foram
citados nos documentos o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Os
documentos secretos também listam negociações envolvendo líderes mundiais, como
o rei da Jordânia; os presidentes de Ucrânia, Quênia e Equador; o
primeiro-ministro da República Tcheca; e o ex-primeiro-ministro britânico Tony
Blair (leia mais sobre eles ao final desta reportagem). Pessoas próximas
ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, também aparecem na relação.
Segundo
o ICIJ, Guedes e Campos Neto tinham empresas em paraísos fiscais e mantiveram
os empreendimentos mesmo depois de terem entrado para o governo do
presidente Jair Bolsonaro, no início de 2019.
Campos
Neto, segundo o consórcio, teria fechado sua empresa cerca de 15 meses depois
de ter assumindo o comando do Banco Central. Guedes ainda mantém a empresa
ativa. Ambos negam irregularidades nas suas empresas mantidas no exterior.
No
caso de servidores públicos brasileiros, o artigo 5º do Código de Conduta da
Alta Administração Federal, de 2000, proíbe funcionários do alto escalão de
manter aplicações financeiras – no Brasil ou no exterior – que possam ser
afetadas por políticas governamentais.
Segundo
o consórcio de jornalistas, o ministro Paulo Guedes tem a offshore Dreadnoughts
International Group nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal.
Uma reportagem publicada no site da revista "piauí" neste domingo informa que, quando a empresa foi criada, em setembro de 2014, Guedes depositou US$ 8 milhões. Depois, a cifra foi elevada para US$ 9,5 milhões, até agosto de 2015. O ministro mantém a empresa ativa.
CURTA NOSSA FANPAGE E PERFIL NO INSTAGRAM
Nenhum comentário:
Postar um comentário