Com
a decisão, a defesa de Jefferson pediu a conversão da prisão preventiva em
domiciliar. Os advogados criticaram a detenção do ex-deputado. “A decisão
proferida pelo ministro Alexandre de Moraes não demonstra qual é o frisco à
ordem pública e tampouco à instrução criminal”, afirmou Luiz Gustavo Pereira da
Cunha.
A
defesa também alegou fragilidade na condição de saúde do ex-parlamentar, o que
tornaria a permanência dele na prisão um risco. “Roberto Jefferson vem enfrentando
uma batalha de saúde: quatro cânceres. Toma mais de 20 remédios por dia para
sobreviver. Passou por tratamentos, com infecção no fígado e nos rins. Na
semana passada, foi atendido pelo Samu, esteve três dias internado. Estava em
tratamento com antibióticos em casa, de repouso”, argumentou Cunha.
Além disso, Jefferson alegou estar “jurado de morte” por várias facções
criminosas, o que também representaria risco para sua vida dentro da prisão. A
afirmação foi confirmada pela defesa do ex-deputado.
Segundo a ata da audiência, ao ser questionado se havia sido bem tratado pelos
policiais federais, Jefferson afirmou que “não houve nenhum desrespeito” e fez
piada. “Não houve nenhum problema com a minha prisão e não tenho nenhuma
reclamação. Só tive que aturar três flamenguistas na viagem, sendo eu
botafoguense”, diz um trecho do documento.
Por fim, o juiz encaminhou a Moraes o pedido da defesa para conversão de regime. “Sigam os autos para o senhor ministro-relator, para que possa apreciar a questão ora requerida, vale dizer, conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar do custodiado Roberto Jefferson”, escreveu Airton Vieira.
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