Embora
uma das pautas do ato seja o pedido de impeachment de Bolsonaro, será a
primeira manifestação organizada por grupos que não são ligados à esquerda,
tanto que um dos motes mais difundidos nas redes sociais é o “Eles não – Nem
Lula nem Bolsonaro”.
A
convocação está sendo feita, principalmente, pelo MBL (Movimento
Brasil Livre) e pelo Vem pra Rua, dois grupos que se consolidaram nos
grandes atos de rua de 2015 e 2016 que foram decisivos para o impeachment da
presidente Dilma Rousseff.
Mas
a manifestação, por não ter a presença da esquerda lulista, ganhou a adesão de
simpatizantes de partidos como o PSDB, o Cidadania e o Novo, de presidenciáveis
como João Doria (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Sergio
Moro. Também estão envolvidos militantes do movimento de renovação
política Livres, um dos vários que surgiram na última década, e até
ex-bolsonaristas, como a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).
“Desejamos
uma alternativa ao país, novas lideranças que possam surgir e oxigenar a
polarização tão tóxica e nociva concentrada em ambas as figuras, Lula e
Bolsonaro”, afirma Luciana Alberto, porta-voz do movimento do Vem pra Rua. De
acordo com ela, o grupo nem chegou considerar participar dos atos da oposição
em 7 de setembro devido ao fato de a esquerda apoiar a candidatura de Lula.
Segundo
Luciana Alberto, a ideia é que a manifestação seja “pacifica, democrática, sem
confrontos, suprapartidária e que realmente concentre a grande maioria da
população que não deseja nem um, nem outro”. Isso não ocorreu em tentativas
anteriores de parte desse grupo de participar dos atos da esquerda, como em
julho, quando manifestantes tucanos foram agredidos por militantes do PCO
(Partido da Causa Operária) em São Paulo.
Risco
de confronto
É
grande a possibilidade de manifestantes de esquerda e bolsonaristas se
encontrarem nas ruas em 7 de setembro. A movimentação dos apoiadores de Jair
Bolsonaro tem sido grande, inclusive com o apoio do presidente, que prometeu
comparecer a atos em Brasília e, talvez, em São Paulo.
Já
a esquerda tem vários protestos marcados para o mesmo dia em todo o país em
razão de essa ser data em que acontece há 26 anos o Grito dos Excluídos, evento
organizado por uma ala da Igreja Católica, mas que é tradicionalmente encampado
por movimentos sociais como MST (sem-terra) e MTST (sem-teto).
Um dos casos que mais preocupam é o da cidade de São Paulo, onde os bolsonaristas estarão na Avenida Paulista no mesmo horário em que os esquerdistas farão ato no Vale do Anhangabaú – os dois locais ficam na região central e estão separados por 3 km. O governador João Doria tenta impedir o ato da oposição, alegando razões de segurança. Da Veja
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