terça-feira, 31 de agosto de 2021

Ciranda do Nordeste ganha título do Iphan e vira novo patrimônio imaterial do Brasil

                        A Ciranda do Nordeste ganhou, nesta terça (31), o título de Patrimônio Imaterial do Brasil. A aprovação foi anunciada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A ciranda é uma manifestação cultural que envolve dança, música e canto. Ela ocorre em Pernambuco e na Paraíba. As pessoas se reúnem em uma roda e marcam o ritmo determinado por instrumentos de percussão.

De acordo com o Iphan, a decisão saiu após a 97ª reunião do conselho. Esse encontro foi transmitido pela internet.

O pedido para registro da Ciranda do Nordeste no Iphan foi feito pelo então governador Eduardo Campos, em 2014, por meio da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). As entidades são responsáveis pela produção do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC). Eduardo Campos morreu em um acidente aéreo, em agosto do mesmo ano, antes das eleições presidenciais.

Os documentos foram elaborados entre novembro de 2012 e maio de 2014. Pesquisadores fizeram relatório e documentário em vídeo e elaboraram fichas de identificação e registros audiovisuais e um dossiê. Eles localizaram informações sobre 28 grupos de ciranda em Pernambuco.

Em 2019, o estado realizou outra ação para assegurar o registro, fazendo a coleta de assinaturas durante a Feira de Artesanato (Fenearte), que homenageou a ciranda.

Por meio de nota, o secretário de Cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto, afirmou que a Ciranda do Nordeste fica inscrita no Livro das Formas de Expressão e "têm garantido o reconhecimento, a valorização e a salvaguarda de um conjunto de bens culturais, saberes, fazeres e formas de expressão que representa".

Na reunião, o Conselho Consultivo do Iphan decidiu também sobre a revalidação do Frevo (PE), do Tambor de Crioula do Maranhão (MA) e o Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES). Com isso, eles permanecem como patrimônios imateriais por mais dez anos.

Antes do encaminhamento para deliberação do conselho, os processos de revalidação dos três bens culturais passaram por consulta pública e os pareceres de reavaliação foram apreciados pela Câmara Setorial do Patrimônio Imaterial do Iphan. 

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