A Companhia
Pernambucana de Saneamento – Compesa está na lista do banco para fazer a
modelagem de licitação, juntamente com as empresas dos Estados da Paraíba e
Rondônia.
Cada
licitação vai seguir um modelo diferente, dependendo da área. Algumas serão
feitas por meio de concessão plena, que inclui produção e distribuição de água
e esgoto, outras serão feitas por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP) de
esgoto ou a concessão apenas da distribuição - como foi o caso da Cedae,
leiloada ontem, na B3, e considerada um sucesso pelos especialistas.
Pelo
cronograma do BNDES, três leilões devem ocorrer ainda neste ano, no segundo
semestre: São eles: Amapá (3 bilhões de reais de investimentos), Porto Alegre
(2,17 bilhões de reais) e Rio Grande do Sul (3 bilhões de reais). Alagoas e
Ceará ficam para o próximo ano. O Estado de Minas Gerais também iniciou o
processo de estudo com o banco de fomento, mas ainda não tem previsão para
leilão.
“Não
vai faltar investimento no setor”, diz o chefe do Departamento de
Desestatização e Estruturação de Projetos do BNDES, Guilherme Albuquerque.
Segundo ele, os governadores precisam de bons exemplos, como foi Maceió e
Cedae, para aderir às concessões.
O
presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, concorda. Na avaliação
dele, o leilão da Cedae foi simbólico não só porque é o maior do País, mas pelos
desafios ambientais gigantescos. Além disso, completa o executivo, muitos
governadores estavam de olho no certame para decidir como fazer suas licitações
e se aderem ao programa do BNDES.
Na
avaliação de especialistas, o leilão da Cedae será um modelo a ser seguido. Seu
sucesso pode incentivar outros administradores a adotar a mesma fórmula para
universalizar os serviços de água e esgoto, que tem data para ocorrer: 2033.
Atualmente,
o setor privado está presente em 7% dos municípios brasileiros e atende 30
milhões de pessoas. A expectativa é que essa participação dobre com as
licitações em andamento. Em 10 anos, essa fatia pode alcançar entre 40% e 50%,
segundo cálculos do mercado.
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