A
entrevista do gestor pernambucano foi dada na tarde desta segunda-feira (26) ao
programa CBN Total, da rádio CBN, em debate aos quais foram convidados também
outros veículos de imprensa pernambucanos, incluindo a Folha de Pernambuco.
Na
ocasião, Paulo Câmara relembrou que o encontro com o ex-presidente Lula
aconteceu "tão logo as suas sentenças foram anuladas pelo Supremo Tribunal
Federal" e contou o que dois partidos acordaram: "esse é o momento de
conversar para ajudar o Brasil a superar essa pandemia e 2022 se conversar
sobre questões eleitorais, esse assunto ficará para um segundo momento e é o
correto principalmente diante de tantos desafios que estamos vivendo",
disse.
O
governador definiu o ex-presidente Lula como sendo "um ator muito
importante em 2022, como seria em 2018, se tivesse tido a condição de disputar
a presidência". E, seguiu afirmando que o PSB não se eximirá de debater as
eleições com todos os partidos do campo progressista, incluindo o PT, O PDT e
outros partidos que fazem a Frente Popular.
"Nós
não concordamos com a forma com que o presidente Bolsonaro vem administrando o
Brasil, e queremos em 2022, mudanças. Então quem estiver disposto a discutir
essas mudanças conoscos, nós vamos discutir e vamos chegar ao denominador comum
que é sobre quem apoiar e qual projeto seguir, tendo esse horizonte que é muito
importante que o Brasil seja administrado a partir de 2023 de uma forma
totalmente diferente do que está sendo administrado nos dias atuais",
afirmou Câmara.
Dentro
do PSB de Pernambuco, alguns interlocutores, como o prefeito do Recife, João
Campos, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio, já
defenderam publicamente que o partido possa ter candidatura própria para as
eleições presidenciais e que caso não consiga viabilizar um quadro, uma aliança
com o PDT poderia ser conveniente. Outros parlamentares do PSB afirmam que o
partido deveria investir apenas numa candidatura própria. Com a retomada das
conversas com o PT, o governador foi perguntado sobre a possibilidade de uma
divisão ideológica no partido para as eleições de 22 no Estado, já que
importantes líderes socialistas têm entendimentos diferentes sobre o assunto.
"Acredito
que não, o PSB tem sempre um palco de muitas discussões internas, mas depois
que isso é devidamente decidido, a unidade acontece e vai continuar a
acontecer", solucionou.
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