terça-feira, 27 de abril de 2021

Paulo Câmara admite tratativas com PT e o PDT

                         O governador Paulo Câmara admite as tratativas do PSB, partido ao qual é vice-presidente nacional, com o PT, mas não comenta publicamente sobre as especulações que envolvem seu nome na formação de uma chapa com o ex-presidente Lula, mantendo o discurso de foco no combate à pandemia.

A entrevista do gestor pernambucano foi dada na tarde desta segunda-feira (26) ao programa CBN Total, da rádio CBN, em debate aos quais foram convidados também outros veículos de imprensa pernambucanos, incluindo a Folha de Pernambuco.

Na ocasião, Paulo Câmara relembrou que o encontro com o ex-presidente Lula aconteceu "tão logo as suas sentenças foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal" e contou o que dois partidos acordaram: "esse é o momento de conversar para ajudar o Brasil a superar essa pandemia e 2022 se conversar sobre questões eleitorais, esse assunto ficará para um segundo momento e é o correto principalmente diante de tantos desafios que estamos vivendo", disse.

O governador definiu o ex-presidente Lula como sendo "um ator muito importante em 2022, como seria em 2018, se tivesse tido a condição de disputar a presidência". E, seguiu afirmando que o PSB não se eximirá de debater as eleições com todos os partidos do campo progressista, incluindo o PT, O PDT e outros partidos que fazem a Frente Popular.

"Nós não concordamos com a forma com que o presidente Bolsonaro vem administrando o Brasil, e queremos em 2022, mudanças. Então quem estiver disposto a discutir essas mudanças conoscos, nós vamos discutir e vamos chegar ao denominador comum que é sobre quem apoiar e qual projeto seguir, tendo esse horizonte que é muito importante que o Brasil seja administrado a partir de 2023 de uma forma totalmente diferente do que está sendo administrado nos dias atuais", afirmou Câmara.

Dentro do PSB de Pernambuco, alguns interlocutores, como o prefeito do Recife, João Campos, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio, já defenderam publicamente que o partido possa ter candidatura própria para as eleições presidenciais e que caso não consiga viabilizar um quadro, uma aliança com o PDT poderia ser conveniente. Outros parlamentares do PSB afirmam que o partido deveria investir apenas numa candidatura própria. Com a retomada das conversas com o PT, o governador foi perguntado sobre a possibilidade de uma divisão ideológica no partido para as eleições de 22 no Estado, já que importantes líderes socialistas têm entendimentos diferentes sobre o assunto.

"Acredito que não, o PSB tem sempre um palco de muitas discussões internas, mas depois que isso é devidamente decidido, a unidade acontece e vai continuar a acontecer", solucionou. 

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