sexta-feira, 16 de abril de 2021

O partido deveria ter candidatura própria', dispara socialista sobre chapa Lula e Paulo Câmara

                      A possibilidade do governador Paulo Câmara (PSB-PE) fazer parte da chapa do ex-presidente Lula (PT) em 2022 é um tanto inviável. É o que pensam membros de ambas alas. A novidade, conforme alguns políticos afirmaram ao Diario, é um tanto “sensacionalista”. Tudo isso se dá após o Supremo Tribunal Federal (STF) manter, nesta quinta-feira (15), a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações contra o petista no âmbito da Lava Jato - tornando o líder petista elegível. A declaração da suposta união entre Paulo e Lula fora publicada pela revista Veja. 

Em reserva, um socialista procurado pela reportagem assinalou que a possível escolha, caso a aliança realmente seja retomada, “passará um pouco diferente desse espectro”. A fonte destacou que para decidir um possível vice “depende de quem estará nessa aliança”. Ele lembrou também que “se acordos forem feitos com o centrão, talvez algum membro do bloco seja escolhido”. E complementou dizendo que a possível escolha de um membro do centrão é estratégica, pois “dará ao povo uma noção de mudança” e seria uma espécie de “aceno aos que mandam no congresso”.  

Para um parlamentar, que conversou com a reportagem em off, a possibilidade da aliança entre Lula e Paulo não é bem recebida. Para ele, o partido deveria seguir o caminho que o ex-governador Eduardo Campos seguiu em 2014 ao concorrer ao Planalto. “O partido deveria ter candidatura própria, até mesmo para mostrar uma opção”. Questionado sobre a possibilidade de escolherem um outsider para concorrer pela sigla em 2022, o deputado federal assinalou que: “tanto faz. Pode ser um outsider ou um quadro do próprio partido. Precisamos ter opções próprias”. Nomes como o do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB-ES), do deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) e Alessandro Molon (PSB-RJ) foram sugeridos pelo parlamentar como “bons e fortes” para concorrer pelo partido.   

“A tarefa que todos nós, Lula, Paulo Câmara e quem tem compromisso com a democracia e com o Brasil, devemos ter é tirar Bolsonaro do poder nas próximas eleições”, este é o olhar do deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE) quando questionado sobre a unidade entre o governador de Pernambuco e o ex-presidente Lula. Ele complementa: “o momento que o Brasil atravessa é muito grave e não é hora de falar de candidatura diante do drama que o Brasil atravessa”.  

Um representante petista, que preferiu manter-se em reserva, afirmou que essa possibilidade “está fora de alcance”. Mas, “não deve ser descartada, principalmente pelo fator representatividade e poder”, referindo-se ao cargo que Paulo ocupa no PSB - o de vice-presidente nacional. O parlamentar afirmou que “embora não seja ele, ele pode ventilar nomes para compor a chapa”. Questionado sobre a participação do centrão no jogo de Lula (PT), o correligionário do ex-presidente afirmou que “para tirarmos Bolsonaro, estamos dispostos a recorrer ao centro. Eles entendem e sabem dialogar”. Do DP

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