A
entidade, que representa 412 dos maiores municípios do País, defendeu que a
exclusão do encontro de prefeitos e prefeitas, que "são os responsáveis
pela aplicação das vacinas", transmite uma ideia de "federalismo de
conveniência".
Além
disso, a FNP enfatizou que o cenário atual da pandemia no Brasil não condiz com
o que Jair Bolsonaro descreveu em seu pronunciamento na noite de ontem,
ressaltando que" as novas cepas não são as causas do descontrole no
país", mas é "o descontrole que acelera o surgimento de variantes do
vírus".
"O
Brasil e os brasileiros estão abandonados pelo governo federal. Muitos nas suas
casas, nos leitos dos hospitais e outros tantos, infelizmente, nos morgues das
casas de saúde ou em covas coletivas. É lamentável, mas o cenário de
enfrentamento à pandemia da Covid-19 tomou contornos catastróficos, levando o
país ao epicentro sanitário mundial", destaca a nota.
Lockdown,
medicamentos, vacinas...
No
documento a FNP defende que o presidente deixou de falar assuntos
"importantes e inescapáveis" em seu pronunciamento, como lockdown,
isolamento, escassez de medicamentos e de oxigênio, além de classificar como
"erráticas" as decisões do governo federal sobre aquisições de
vacinas contra a Covid-19.
"Somente
no consórcio global Covax Facility, o Brasil optou apenas pela compra da cota
mínima (10% da população), quando seria possível contar com pelo menos quatro
vezes mais (40% da população). Esses posicionamentos e ações estão levando o
país a uma situação vexatória e caótica. De cada dez brasileiros imunizados,
nove são com vacinas que ele não só menosprezou, como rechaçou", afirma a
entidade.
Ainda
sobre o pronunciamento de Bolsonaro à nação, a FNP rebateu a declaração que
"em nenhum momento o governo deixou de tomar medidas importantes tanto
para combater o coronavírus como para combater o caos na economia, que poderia
gerar desemprego e fome".
"Evidentemente
que as consequências econômicas e sociais da pandemia são visíveis, mas as
atitudes governamentais empurram para um cenário ainda pior. Controlar a
pandemia é que proporcionará a retomada econômica. Para isso, é dever da União
prover uma ajuda aos pequenos empresários e a retomada do auxílio emergencial.
Nunca como esmola, mas como uma urgência de permitir a subsistência no
isolamento social. Não há escolha entre a vida e a economia. Mortos não
produzem e não consomem. É preciso salvar os cidadãos para salvar o país",
completa. Do G1
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