A
mesma medida restritiva foi adotada pelo governo da Bahia. Dos 417 municípios
baianos, o toque de recolher, que tem validade de sete dias, restringe, desde a
última sexta-feira, a circulação de pessoas nas ruas e o funcionamento de
serviços não essenciais após as 22h em 343 cidades.
Já
na Paraíba, no Piauí, em São Paulo, no Espírito Santo, em Santa Catarina e no
Rio de Janeiro, o Ministério da Saúde confirmou que se tratam de casos
importados do Amazonas. No entanto, a Prefeitura de São Paulo já confirmou o
caso de uma pessoa que foi infectada pela variante P1 e que não esteve no
Amazonas. Em Gramado, no Rio Grande do Sul, um caso semelhante foi
identificado. De acordo com o governo estadual, o paciente não viajou
recentemente ou teve contato direto com pessoas que viajaram para outros
estados.
Apesar
de ainda não haver nenhuma infecção causada pela P1 confirmada em Pernambuco, o
chefe do Setor de Infectologia do Hospital Oswaldo Cruz, Demétrius Montenegro,
acredita que não deve demorar para que a variante chegue. "Dificilmente
essa variante não está circulando pelo estado, já que não houve nenhuma medida
para monitorar quem entra ou quem sai de Manaus. As pessoas estão viajando
normalmente. Quando assintomáticas, carregam o vírus consigo por aí",
alegou Demétrius.
Ainda
segundo o médico, a preocupação epidemiológica desse caso se deve ao fato de a
transmissibilidade dessa variante ser maior. “O poder de transmissão dessa
mutação é muito maior do que a original. Ainda não se sabe sobre o poder de
aumentar a gravidade da doença, mas ela já está relacionada a vários casos de
reinfecção, coisa que era rara e ainda estava sendo investigada antes da P1”,
explicou o infectologista. Demétrius mencionou também a possibilidade de uma
terceira onda de infecções do coronavírus.
“Antes
de falar em terceira onda, é importante destacar que a dita segunda onda ainda
não chegou ao fim. O podemos enfrentar, caso o sistema de saúde entre em
colapso por conta das novas cepas que circulam no país, é uma piora dessa
segunda onda, já que a demanda por leitos hospitalares tende a crescer por
conta do maior poder de transmissão”, emendou Montenegro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário