Após um longo debate interno e uma disputa
acirrada pela Prefeitura do Recife, a legenda afirma que a posição não é
fruto de "divergências administrativas" e "considera estar
cumprindo os compromissos celebrados no programa de governo referendado em 2018
pela população pernambucana".
O texto ainda ressalta que tampouco houve
manifestação da direção nacional do PT de interesse de preservar a participação
da sigla no governo "como espaço facilitador de conversas entre as duas
siglas em nível nacional".
Nota sobre a entrega de cargos ao Governo do
Estado
Como resultado de debates internos sobre a
continuidade da participação do Partido dos Trabalhadores no Governo do
Estado, decidimos deixar os cargos que o PT ocupa na atual gestão(PSB-PE).
Nossa participação na gestão foi uma decorrência
natural da aliança que celebramos com o PSB em 2018 e que teve resultados
extremamente positivos para ambos os partidos, entre os quais as
reeleições do governador Paulo Câmara no primeiro turno e do senador
Humberto Costa, além da significativa contribuição ao desempenho eleitoral de
Fernando Haddad no primeiro e segundo turnos das eleições presidenciais.
Ao longo desses dois anos, o PT contribuiu de
forma decisiva para o sucesso da administração estadual, desenvolvendo
políticas públicas com criatividade, competência e compromisso com a maioria da
população, especialmente no segmento da agricultura familiar. Implantamos um
trabalho que, se continuado, permitirá a colheita de importantes frutos
para a gestão estadual e mudanças estruturais nesses setores.
Nosso posicionamento não decorre de divergências
administrativas com o governo que consideramos estar cumprindo os compromissos
celebrados no programa de governo referendado em 2018 pela população pernambucana.
É uma consequência política do acirrado enfrentamento eleitoral municipal
de 2018, especialmente no Recife, onde recebemos da campanha do PSB tratamento
inaceitável, desrespeitoso e incompatível com o histórico de relacionamento de
nível elevado entre nossas siglas.
Decorre também da posição da direção nacional do
PT que não produziu nenhuma manifestação pública ou reservada que demonstrasse
o interesse em preservar nossa participação no governo como espaço facilitador
de conversas entre as duas siglas em nível nacional.
A partir de agora, assumimos um posicionamento de
independência em relação ao governo estadual que pautará também a nossa conduta
na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Esperamos ainda a continuidade de um diálogo
respeitoso com o governo estadual e com a própria Frente Popular.
Recife, 14 de janeiro de 2021.
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