Com
gritos de "fora, Bolsonaro" e "assassino", brasileiros
criticam a demora para o início da imunização e de envio de mais insumos para
evitar o colapso do sistema de saúde amazonense. Manifestantes também pedem o
impeachment do presidente.
No
Recife, Zona Norte e Zona Sul tiveram registro de panelaço contra o presidente.
Outras cidades que também protestaram foram Rio de Janeiro, Salvador,
Florianópolis, Brasília e São Paulo, que começou a bater panelas meia hora
antes do horário combinado nas redes socais.
O
governo Bolsonaro vem acumulando derrotas na tentativa de começar a imunização
do País. Nenhuma das duas vacinas esperadas para o início da campanha nacional
foram entregues ao Ministério da Saúde até agora.
Uma
delas viria da Índia para o Brasil e tinha previsão de chegar neste sábado
(16), mas, nesta sexta, o governo da Índia negou a entrega imediata do lote de
dois milhões de doses do imunizantes da AstraZeneca/Oxford, o que frustrou uma
operação montada para buscar o material no país asiático.
Com
o veto da Índia, o presidente Bolsonaro corre o risco de assistir o início da
vacinação no Brasil com a Coronavac, que tem sido utilizada como trunfo do
governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
A
pasta da Saúde deu um ultimato ao Instituto Butantan pedindo que fossem
entregues os seis milhões de doses da Coronavac, mas o órgão respondeu que não
vai enviar o imunizante ao governo federal porque não há um plano para
distribuí-las entre os estados.
O ministério passou o segundo semestre ignorando a oferta de incorporação da Coronavac ao calendário nacional. Mas, depois de idas e vindas, a pasta aceitou o imunizante no programa nacional. Antes previa várias outras vacinas ainda não existentes no País.
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