Nesta
sexta-feira (2), representantes do sindicato voltam a se reunir com o
secretário estadual de Educação e Esportes, Fred Amancio. A categoria volta a
realizar assembleia na segunda-feira (5), na véspera do retorno anunciado pelo
governo do estado. Na nova assembleia, a categoria vai votar pela deflagração
ou não da greve.
"O
que for discutido com o secretário será levado à categoria para a deflagração
de greve ou não. A nossa expectativa é continuar com o trabalho remoto e que o
retorno ao presencial seja adiado. Acreditamos que ainda não é hora de voltar.
Será um risco tanto para os professores quanto para os estudantes", afirmou
a vice-presidente do Sintepe, Valéria Silva. Segundo ela, preocupação dos
professores é não só com o ambiente escolar, mas também com o deslocamento da
comunidade escolar no transporte público.
Também nesta quarta, os professores da rede privada de ensino de Pernambuco aprovaram, em assembleia virtual, o estado de greve. Eles são contra o retorno das aulas presenciais. Cerca de 200 professores participaram do debate online. Os docentes temem que a reabertura das escolas gere novas infecções pelo novo coronavírus no estado.
"Dentre as deliberações, os professores e as professoras decidiram pelos
seguintes pontos: estado de greve; notificar ao conjunto de instituições
envolvidas, direta e indiretamente, nesse contexto de aulas remotas devido a
pandemia; ampliar a fiscalização das escolas, sobretudo na defesa dos direitos;
garantias à saúde e cumprimento dos protocolos sanitários e, por fim, provocar
o poder judiciário, visando a manutenção do ensino remoto", informou o
Sindicato dos Professores no Estado de Pernambuco (Sinpro-PE).
O estado de greve é uma etapa anterior à greve, ou seja, a decisão desta quarta-feira não leva à paralisação dos professores. O Sinpro-PE vai notificar o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE) sobre o resultado da assembleia. Uma nova discussão com a categoria deve acontecer, mas ainda não há data marcada.
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