O
empresário foi preso temporariamente por cinco dias, no Recife. A PF não
confirmou a identidade dele. Também foram emitidos outros 21 mandados de busca,
entre eles os das secretarias. A prefeitura do Recife negou irregularidades.
De
acordo com a PF, a organização social de saúde (OSS), responsável por prestar
serviços para as duas prefeituras, não teria estrutura operacional e financeira
para fazer os serviços terceirizados, que foram contratados por meio de
recursos enviados aos municípios pelo Ministério da Saúde.
A
PF afirmou, ainda, que pode ter ocorrido pagamento indevido a agentes públicos.
Os contratos foram firmados com dispensa de licitação em ambos os casos. Os
envolvidos podem responder por peculato, organização criminosa, falsidade
ideológica e dispensa indevida de licitação.
O
contrato firmado pelo município do Recife foi no valor de R$ 34.028.654,07 e o
de Jaboatão dos Guararapes, no valor de R$ 23.740.308,84, apontou a
investigação.
Em
nota, a prefeitura do Recife negou irregularidades e afirmou que o Instituto
Humanize de Assistência e Responsabilidade Social foi a organização responsável
pela gestão do hospital de campanha da Imbiribeira, que ficou aberto durante
cinco meses. O G1 ligou para o número que consta na internet
referente ao instituo, mas as ligações não foram atendidas.
A
gestão da capital afirmou, ainda, que "envia, por iniciativa própria,
todos os processos de compras e contratações da pandemia para os órgãos de
controle. Esse contrato, por exemplo, foi enviado ao Tribunal de Contas do
Estado em abril".
Dos
21 mandados de busca e apreensão, 16 foram para endereços no Recife, três em
Jaboatão dos Guararapes, um em Olinda e outro em Paulista.
Segundo a PF, além das secretarias, foram alvos residências de secretários e de
empresários, servidores e empresas suspeitos de envolvimento.
A
PF apontou que encontrou indícios de participação de um grupo econômico já
investigado na Operação Assepsia, no Rio Grande Norte. Segundo a investigação,
esse grupo chefiava uma organização criminosa com atuação em vários estados
para o direcionamento de contratação de OSS para a administração de hospitais.
A ação é feita em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE).
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