A
Polícia Civil de Pernambuco se manifestou respondendo o abaixo-assinado virtual
“Justiça por Miguel”. O
documento já caminha para três milhões de assinaturas. Miguel
tinha cinco anos e morreu no dia 02 de junho após cair do 9º andar de um
prédio, no Centro do Recife. Segundo a Polícia Militar, o caso ocorreu às 13h,
no Condomínio Píer Maurício de Nassau, conhecido como “Torres Gêmeas”.
Miguel
Otávio Santana da Silva era filho único de Mirtes Renata Santana de
Souza. Ela trabalhava como empregada doméstica no quinto andar do prédio
em que o filho caiu.
Naquele
dia, Mirtes precisou ir trabalhar e levou Miguel com ela. Enquanto a mãe
teve que sair para passear com os cachorros a pedido da patroa, Miguel ficou
sob a responsabilidade de Sari Gaspar Corte Real (patroa de Mirtes). “A criança
começou a chorar querendo a mãe e foi deixada por Sari – com extrema
insensibilidade e negligência – sozinha em um elevador, com apenas 5 anos. Miguel acabou se perdendo e saiu do elevador no 9° andar. À procura da mãe, o
pequeno escalou uma grade, caiu de uma altura de, aproximadamente, 35
metros e não resistiu” diz o documento, cobrando justiça.
A
Polícia Civil de Pernambuco informou em nota à plataforma que “está dedicada ao
avanço e conclusão das investigações relativas à morte do garoto Miguel, de 5
anos”.
Que
neste momento, em que estão sendo colhidos e analisados depoimentos, imagens,
perícias criminais e outros elementos de prova, “a equipe envolvida nesse
trabalho evitará declarações até que seja apresentado, no menor tempo possível
e com qualidade, o inquérito policial ao Ministério Público de Pernambuco”.
“Ressalta
que está atuando com intensidade, técnica e dentro da legalidade para
esclarecer as circunstâncias da trágica morte e colaborar para que a justiça
seja feita”.
“A
corporação rechaça qualquer insinuação de favorecimento ou proteção dentro
dessa investigação. Os trabalhos iniciaram de imediato após a notificação da
morte, com perícias e depoimentos, inclusive com a prisão em flagrante da
moradora do apartamento. A questão da divulgação de nomes e imagens de
suspeitos de crimes deixou de ser feita pela Polícia Civil de Pernambuco desde
a entrada em vigor da Lei de Abuso de Abuso de Autoridade (nº 13.869), em
janeiro de 2020”, afirma.
“Esse
procedimento e alinhamento institucional, ao qual se referiu o delegado Ramón
Teixeira, em entrevista coletiva online, no dia 3 de junho, valem para todos,
sejam ricos, pobres, brancos, negros, pessoas influentes ou não, homens,
mulheres, praticantes de crimes contra a vida, roubos ou corrupção”.
E
concluiu: “Por fim, a Polícia Civil de Pernambuco reforça que está trabalhando
com dedicação, seriedade e isonomia, e dará respostas à sociedade no momento
oportuno”. Do Nill Junior
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