A
Câmara aprovou hoje (26) a criação do auxílio emergencial de R$ 600 para
trabalhadores sem carteira assinada. O valor que seria votado, segundo Rodrigo
Maia (DEM-RJ), era de R$ 500, mas o presidente Jair Bolsonaro (sem partido),
que inicialmente havia proposto R$ 200, disse durante a sessão que aceitava R$
600. A votação foi simbólica e teve orientação favorável de todos os partidos.
O texto segue para o Senado.
O
líder do PSB, Alessandro Molon (RJ), foi um dos que defenderam que os R$ 200
propostos inicialmente por Bolsonaro eram insuficientes.
"Quem
mudou de posição foi o presidente. Nós sempre estivemos no mesmo lugar: na
defesa dos brasileiros. Agimos rapidamente e conquistamos uma vitória
importante para quem mais precisa. Bolsonaro viu que não tinha saída e aderiu
ao Congresso", disse.
Antes,
Maia reconheceu publicamente a articulação do líder do governo, Major Vitor
Hugo (PSL-GO), para a aprovação da matéria. Desde o início do governo
Bolsonaro, ambos protagonizaram desentendimentos e Maia chegou a dizer que
tinha rompido com Vitor Hugo.
"Ter
o apoio do governo e a confirmação de que, além dos R$ 500, nós podemos
construir uma solução de mais de um salário mínimo, de mais de R$ 1,2 mil... É
o início histórico de um momento difícil e também histórico", disse Maia
ao major, que foi aplaudido em plenário. O presidente da Câmara disse que a
mudança de posição do governo foi "uma grande vitória do parlamento e do
diálogo, mas principalmente dos brasileiros".
O
projeto estabelece que no período de três meses poderá ser concedido o auxílio
ao trabalhador maior de 18 anos, que não tenha emprego formal e cuja renda
familiar mensal seja de até três salários mínimos (R$ 3.135) ou de até R$
519,50 por pessoa.
Poderão
ser pagos até dois benefícios por família. A renda familiar é soma dos
rendimentos brutos de todos os membros de uma mesma casa.
Se
enquadram no perfil as pessoas que sejam MEI (microempreendedor individual),
não recebam benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou
programas de transferência de renda, à exceção do Bolsa Família. Se receber o
Bolsa Família, o trabalhador deverá optar o trabalhador deverá optar por um dos
dois benefícios.
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