Prevenível
por meio da vacinação, a poliomielite é uma doença causada pela infecção de
diferentes poliovírus, que podem atingir o sistema nervoso central e a medula
espinhal, provocando a paralisia, sendo mais comum a dos membros inferiores. Conhecida
popularmente como “paralisia infantil”, é considerada eliminada no Brasil
desde 1989, quando o último caso foi registrado na cidade de Souza, na Paraíba.
De lá para cá, pouco se ouviu a respeito da enfermidade, que fez 26 mil casos
no País entre 1968 e 1989.
No
entanto, esse quadro pode mudar se a cobertura vacinal continuar diminuindo.
Por isso, é necessário educar e conscientizar as pessoas a respeito da
importância da prevenção e, principalmente, pais, mães e avós, para levarem
seus filhos e netos tomar a vacina, que é distribuída gratuitamente na rede
pública.
Uma
comissão independente de especialistas concluiu que o poliovírus selvagem tipo
3 (WPV3) foi erradicado em todo o mundo. Após a erradicação da varíola e do
poliovírus selvagem tipo 2, essa notícia representa uma conquista histórica
para a humanidade, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS/OMS). O tipo 3 não é detectado em nenhum lugar do mundo desde 2012, assim
como o poliovírus 2, que foi considerado totalmente erradicado em 1999. Mas a
luta para erradicar o tipo 1 continua.
“Infelizmente,
a poliomielite não é considerada erradicada em todo o mundo porque ainda há
registro da doença selvagem em três países: Nigéria, Paquistão e Afeganistão.
Enquanto houver casos, existe o risco de contaminação e, por esse motivo, é
muito importante que as pessoas não se acomodem e continuem vacinando seus
filhos”, explica Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur, divisão de
vacinas da Sanofi, que atua na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio da
Organização Mundial da Saúde.
Segundo
a especialista, a sensação de que não existe perigo favorece a queda da
cobertura vacinal e pode contribuir para a volta de casos em nosso país, como
ocorreu com o Sarampo recentemente.
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