segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Tipo 1 de poliomielite ainda é ameaça com cobertura vacinal baixa


               Prevenível por meio da vacinação, a poliomielite é uma doença causada pela infecção de diferentes poliovírus, que podem atingir o sistema nervoso central e a medula espinhal, provocando a paralisia, sendo mais comum a dos membros inferiores. Conhecida popularmente como “paralisia infantil”, é considerada eliminada no Brasil desde 1989, quando o último caso foi registrado na cidade de Souza, na Paraíba. De lá para cá, pouco se ouviu a respeito da enfermidade, que fez 26 mil casos no País entre 1968 e 1989.

No entanto, esse quadro pode mudar se a cobertura vacinal continuar diminuindo. Por isso, é necessário educar e conscientizar as pessoas a respeito da importância da prevenção e, principalmente, pais, mães e avós, para levarem seus filhos e netos tomar a vacina, que é distribuída gratuitamente na rede pública.

Uma comissão independente de especialistas concluiu que o poliovírus selvagem tipo 3 (WPV3) foi erradicado em todo o mundo. Após a erradicação da varíola e do poliovírus selvagem tipo 2, essa notícia representa uma conquista histórica para a humanidade, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS). O tipo 3 não é detectado em nenhum lugar do mundo desde 2012, assim como o poliovírus 2, que foi considerado totalmente erradicado em 1999. Mas a luta para erradicar o tipo 1 continua.

“Infelizmente, a poliomielite não é considerada erradicada em todo o mundo porque ainda há registro da doença selvagem em três países: Nigéria, Paquistão e Afeganistão. Enquanto houver casos, existe o risco de contaminação e, por esse motivo, é muito importante que as pessoas não se acomodem e continuem vacinando seus filhos”, explica Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur, divisão de vacinas da Sanofi, que atua na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio da Organização Mundial da Saúde.

Segundo a especialista, a sensação de que não existe perigo favorece a queda da cobertura vacinal e pode contribuir para a volta de casos em nosso país, como ocorreu com o Sarampo recentemente.

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