A Argentina foi
às urnas neste domingo (27) e elegeu presidente o candidato de oposição,
Alberto Fernández, em primeiro turno. Com 95,31% das urnas apuradas, Fernández
registrava 47,99% dos votos, contra 40,48% de Mauricio Macri, atual presidente
do país.
O eleito terá como vice a ex-presidente Cristina Kirchner, que
comandou o país entre 2007 e 2015. Nas primeiras palavras após a vitória, já
reconhecida por Macri, Fernández aproveitou para pedir ao atual governo para
que, quando passar à oposição, "seja conscientes do que deixou" e
"ajude a reconstruir o país das cinzas".
"Tomara que
esse compromisso de diálogo que nunca tiveram passem a ter", afirmou
Fernández diante de uma multidão de simpatizantes no quartel-general de
coligação Frente de Todos, no bairro de Chacarita, em Buenos Aires. O
presidente eleito terá um encontro com Macri nesta segunda (28).
A vitória da
chapa de esquerda era esperada desde as eleições primárias, em 11 de agosto,
quando superou a de Macri por 15 pontos percentuais. Para vencer em primeiro
turno na Argentina, basta que o primeiro colocado alcance 45% dos votos, ou 40%
se a vantagem para o segundo candidato for de pelo menos 10 pontos percentuais.
A vitória de
Fernández e Kircher contraria a vontade do presidente brasileiro, Jair
Bolsonaro (PSL), aliado de Macri. Ele já disse que não irá cumprimentar o
argentino pela vitória.
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