A
proposta orçamentária para 2020, elaborada pelo governo Jair
Bolsonaro (PSL), reduz em 18% os recursos totais do Ministério da Educação
(MEC) com relação ao valores autorizados de 2019. As reduções vão da educação
básica à pós-graduação, mas o impacto será muito maior no financiamento de pesquisas
e nas contas de grandes universidades federais.
O
maior corte ocorre na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes), que financia pesquisadores da pós-graduação e também
professores de educação básica. Pela proposta, o órgão vai perder metade do
orçamento: sai de R$ 4,25 bilhões, segundo o valor autorizado para 2019, para
R$ 2,20 bilhões em 2020.
A Capes sofreu um congelamento de R$ 819 milhões de recursos deste ano. O órgão já cortou 6.198 bolsas neste ano, equivalente a 7% do que havia no início do ano.
A Capes sofreu um congelamento de R$ 819 milhões de recursos deste ano. O órgão já cortou 6.198 bolsas neste ano, equivalente a 7% do que havia no início do ano.
O
projeto de Lei Orçamentária de 2020 foi encaminhado ao Congresso Nacional pelo
governo federal na última sexta-feira (30). O MEC terá um orçamento previsto de
R$ 101 bilhões em 2020, contra R$ 122 bilhões aprovados para 2019.
As
comparações da reportagem levam em conta a proposta de 2020 com os valores
autorizados para 2019. O MEC passa por um contingenciamento de cerca de R$ 6
bilhões, que atinge da educação básica ao ensino superior.
Ao
levar em conta o orçamento geral de todas as universidades federais, a queda é
de 7,4% (na comparação com valores nominais, sem atualização da inflação). Mas
16 das 68 universidades federais terão cortes superiores a essa média.
Estão
entre as instituições que mais perderão dinheiro algumas das maiores
universidades do país -que contam com muitos alunos, concentram pesquisas
acadêmicas mais relevantes e também têm os maiores orçamentos.
A
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, tem a previsão de
uma redução de 24% (também em valores nominais). Está estipulado para 2020 um
montante de R$ 2,5 bilhões, contra R$ 3,3 bilhões aprovados para este ano.
A
redução na Universidade de Brasília (UnB) é de 24% e na Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS), de 23,5%. Já na Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) a redução será de 20%.
A maior redução ocorre na federal do Agreste de Pernambuco, de 63%, mas a instituição foi criada no ano passado e ainda está em fase de implementação. Dez federais tiveram suas previsões inalteradas ou com leves altas. A maior alta é na Universidade Federal da Bahia (UFBA), com aumento de 2%.
A maior redução ocorre na federal do Agreste de Pernambuco, de 63%, mas a instituição foi criada no ano passado e ainda está em fase de implementação. Dez federais tiveram suas previsões inalteradas ou com leves altas. A maior alta é na Universidade Federal da Bahia (UFBA), com aumento de 2%.
Várias
universidades têm indicado dificuldades para pagar as contas do ano. As
federais tiveram bloqueio de R$ 2,2 bilhões no ano, o equivalente a 30% dos
recursos discricionários (que exclui salários, por exemplo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário