Reportagem
da revista Veja publicada nesta sexta-feira (30), revelou o paradeiro
de Fabrício Queiroz. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, foi encontrado
na recepção do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Albert Einstein,
em São Paulo. Na unidade de saúde, são realizados os serviços de quimioterapia
e radioterapia, além de consultas. Queiroz estava desacompanhado e deixou o
local uma hora depois.
O
ex-assessor mora atualmente no mesmo bairro da Zona Sul de São Paulo onde o
Hospital Albert Einstein está localizado, o Morumbi. A curta distância auxilia
nos deslocamentos de casa até o hospital, feitos de táxi ou Uber na maioria das
vezes. Queiroz ainda enfrenta a luta contra um câncer de intestino, condição
que o fez realizar uma cirurgia no fim de 2018. Sua última aparição pública
ocorreu no Einstein no dia 12 de janeiro, quando postou um vídeo dançando após
a recuperação de uma cirurgia. Atualmente, as saídas de casa se tornaram
raras.
Queiroz
ficou conhecido depois que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(COAF), detectou um valor suspeito em sua conta. A tese apresentada pelo
Ministério Público é de que o montante teria conexão a um sistema de coleta e
repasse de dinheiro de funcionários do gabinete do senador Flávio Bolsonaro
quando o mesmo ainda era deputado estadual do Rio de Janeiro.
Inicialmente,
a quantia foi justificada como um lucro de vendas de carros usadaos. Algum
tempo depois, o ex-assessor mudou sua versão, afirmando que recolhia parte dos
salários dos funcionários do gabinete com o objetivo de contratar mais pessoas
para a equipe do chefe, sem conhecimento do próprio.
O
MP identificou uma emissão de cheques de Queiroz no valor de R$ 24.000 para a
conta da atual primeira-dama Michelle Bolsonaro. A justificativa foi de que os
depósitos foram realizados seriam para quitar um empréstimo pessoal concedido
pelo atual presidente Jair Bolsonaro.
Não
existe ordem de prisão ou determinação para depoimento emitida para Fabrício
Queiroz. Em julho, o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, suspendeu as
investigações criminais que utilizam, sem autorização judicial, dados de órgãos
como o Coaf, Banco Central e Receita Federal. O ministro afirmou que levaria
sua decisão para o plenário do STF até novembro.
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